Com o acirramento do confronto entre pepistas e tucanos, a tese do lançamento de uma terceira candidatura, com o apoio do governo estadual, ganha força. Os deputados Sandro Mabel (PR) e Ronaldo Caiado (DEM), que defendem o lançamento de um nome alternativo para disputar o próximo pleito com PSDB e PMDB, estão comemorando o distanciamento do governador Alcides Rodrigues (PP) e do senador Marconi Perillo (PSDB).

 

Tanto Caiado quanto Mabel buscam a todo custo uma opção para não apoiar Marconi. Os desentendimentos entre eles ultrapassam o campo político. São pessoais. A dificuldade que o republicano e o democrata terão, porém, são semelhantes à enfrentada pelo governador: nas duas legendas há entusiastas da candidatura marconista. Mais: o lançamento de um nome que não seja viável pode atrapalhar a reeleição de senador Demóstenes Torres (DEM), um dos principais nomes, hoje, para a disputa ao Senado.

 

Querendo ou não, os nomes dos candidatos ao Senado acabam vinculados ao do postulante ao governo. Um nome forte ao governo pode alavancar uma candidatura de senador. Da mesma forma, um nome fraco pode enterrar um bom candidato.

Apesar disso, Demóstenes garante que não está preocupado com a indefinição do partido e afirma que vai seguir as determinações do DEM, como político obediente que é. Portanto, o senador reforça que não será obstáculo para as composições do partido.

 

Por conta das restrições de Mabel e Caiado a Marconi, a tendência é de que os dois se unam ao governador para a formação de uma chapa para o pleito de 2010. Deste grupo, devem fazer parte também partidos como PTN, presidido por Francisco Gedda, e o PSB, de Barbosa Neto.