A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) lançou em conjunto com a Secretaria Estadual de Agricultura o vazio sanitário de soja em Goiás.
A medida estabelece que a produção de soja seja proibida no Estado nos próximos 90 dias.
De acordo com o Presidente da Faeg, José Mário Schreiner, o objetivo da proibição é reduzir a presença do fungo da ferrugem asiática no início da próxima safra, e também diminuir a quantidade de aplicações de fungicida para controlar a doença.
José Mário explica que a medida é importante porque diminui custos, e aumenta os rendimentos do produtor.
“Tem se mostrado extremamente eficiente no período de 90 dias, que vai do dia 1º de julho até o dia 30 de setembro. Na safra de 2009 e 2010, mas de R$ 650 milhões foram gastos tanto para o controle da cultura quanto também por perdas ocasionadas pela ferrugem da soja”, explica.
O principal dano ocasionado pela ferrugem asiática é a desfolha precoce, que impede a completa formação dos grãos e reduz em até 80% a produtividade de uma colheita.
O Presidente da Faeg destaca porque este período do meio do ano foi escolhido para o vazio sanitário da soja.
“Nós plantamos soja em Goiás no final de setembro até dezembro, e a colheita vai de fevereiro a maio, então esse período é seco, aonde se tem uma facilidade de controle, e aonde a soja somente poderia ser cultivada através da irrigação”.
A nova semeadura da soja será autorizada a partir do dia 1º de outubro.
Durante os próximos 90 dias do vazio sanitário, a Agrodefesa vai realizar intensa fiscalização para garantir que nenhuma área rural abrigue plantas vivas de soja.
O Produtor que não atender as determinações será autuado a valores que podem chegar até R$ 50 mil.