Autoridades públicas participaram de atividades do Dia Mundial Sem Carro, mobilização internacional comemorada nesta quinta-feira (22). Alguns utilizaram a bicicleta para chegar até o local de trabalho.

O Secretário Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Leonardo Vilela foi um deles. Ele saiu de casa no Setor Bueno e chegou de bicicleta no Palácio Pedro Ludovico, local onde foi inaugurado um bicicletário com capacidade para 20 vagas.

No entanto, outras autoridades criticaram o ato. O vereador Anselmo Pereira (PSDB), foi até o palácio (de carro) e argumentou que a ação realizada por autoridades, de tirar o carro da rua e colocar a bicicleta deve ser permanente. Segundo o parlamentar, o poder público precisa colaborar.

“Isso é um momento bucólico. O cidadão vem, faz de conta e volta a usar dois ou três carros na própria casa para fazer as mesmas coisas que uma família faz”, ironiza.

O secretário Leonardo Vilela disse que o estado construirá ciclovias entre Goiânia e algumas cidades próximas da capital. Ele afirmou que o Estado pouco pode fazer dentro das cidades.

“Já falei com o presidente da Agetop que tem dois grandes projetos: Uma ciclovia ligando Goiânia à Trindade e uma ciclovia ligando Goiânia à Bela Vista de Goiás. O corredor cabe às Prefeituras e precisamos cobrar”, avalia.

Obras para veículos

Goiânia é uma das cidades brasileiras com maior média de veículos por habitante. As últimas grandes construções viárias priorizaram principalmente carros e motos. Nos viadutos da Praça do Ratinho e da T-63, por exemplo, foram proibidos em alguns pontos a circulação de bicicletas.

O Coordenador da Regional Centro-Oeste da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Antenor Pinheiro, analisou que é preciso mudar a mentalidade de aplicação de investimentos em mobilidade e transportes na capital.

“É a cidade que não queremos. É o exemplo de ‘anti-cidade’. Não podemos cometer os mesmos erros de Los Angeles, São Paulo e outras cidades de grande adensamento, que entenderam que para o deslocamento deve ser garantida a demanda do automóvel”, descreve.