Leite. Fonte de proteínas, importante para o sistema ósseo, tanto para crianças como para adultos. Queijo, manteiga, iogurte, creme de leite, leite condensado, doce de leite são algumas das delícias que podem ser feitas a partir do leite.

A maior parte dos lácteos que chega à casa do consumidor passa pela indústria. Além de garantir maior agilidade na fabricação, possibilita que o consumidor tenha mais qualidade, higiene, variedade e preço baixo.

Em Goiás, a industrialização do leite foi acontecer mais tarde. Após a crise da mineração, a economia do Estado passa a ter como pilar a exportação de produtos agropecuários, como arroz, e o gado. A infraestrutura precária prejudicava o desenvolvimento industrial da região.

Ipameri foi uma das poucas cidades que no início do século 20 se modernizou. Nesta cidade, em 1904, a primeira usina hidroelétrica goiana foi construída. Com a usina, a primeira indústria do Estado surge movida a eletricidade.

Até meados dos anos 50, a indústria ganhava impulso na medida em que várias cidades eram abastecidas pela linha da estrada de ferro Goiás.

O Diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Goiás (Sindleite) Alfredo Luiz Correia, destaca como era a produção dos derivados do leite nas primeiras décadas no século passado.

“Nós éramos simplesmente produtores de manteiga. Extraíamos a matéria gorda do leite, além de pequenos queijos. A partir da década de 70 começou-se a crescer esse processo industrial, com novas tecnologias e novas máquinas”, relata.

Nos anos 70, a infraestrutura e o cenário em algumas regiões mudaram. Piracanjuba passou a ser a maior produtora de leite em Goiás. Segundo o Presidente da Cooperativa Agropecuária de Piracanjuba, José Lourenço, foi nesta década que a história de leite na cidade começou a ser escrita.

“Foi na época que o arroz não teve boa safra, e então os produtores migraram para a produção de leite”, conta.

A partir dos anos 90 os avanços foram visíveis, como explica o Diretor do Sindleite. “O crescimento do parque industrial levou ao aumento da produção. Começamos a agregar valores aos produtos”.

O Gerente de estudos econômicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) Edson Alves enfoca a necessidade de a indústria pagar ao produtor pela qualidade do leite.

Reportagem especial de Samuel Straioto