Funcionários do Hospital de Doenças Tropicais realizaram ato público na unidade nesta terça-feira (8). Eles reclamaram da falta de condições de trabalho, incluindo a ausência de equipamentos, suprimentos e de quadro profissional. Recentemente pessoas que ocupavam cargos de chefia neste hospital, pediram demissão, incluindo o diretor geral, o médico infectologista Boa Ventura Braz de Queiroz.
De acordo com a servidora da área da UTI do HDT, Lucilene dos Anjos, os problemas atrapalham o atendimento à população e colocam em risco a segurança dos funcionários na unidade.
“Não tenho coisas básicas como medicação para tirar a dor. Faltam condições de trabalho, luva, máscaras. O hospital é de contaminação e deve dar o mínimo de condições”, avalia.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Goiás (SINDSAÚDE) Maria de Fátima Veloso relata que a classe pretende apresentar reclamações junto ao Ministério Público, para que as condições na unidade possam melhorar.
“Vamos procurar o Ministério Público e denunciar esse caso. O que nós estamos vivenciando é o descumprimento da lei. Não está sendo respeitado a Lei do Idoso, o Estatuto da Criança e a lei que garante pro servidor, data-base”, destaca.
Governo
O ex-diretor do HDT, Boaventura Braz, preferiu não se posicionar em relação à sua saída da unidade. De acordo com o governador de Goiás, Marconi Perillo, nos próximos dias deverá ser escolhido o novo diretor do Hospital de Doenças Tropicais.
“Sugeri o nome de um infectologista ao secretário Faleiros e deve-se resolver isso rapidamente. Queria agradecer ao Dr. Boaventura que dedicou treze anos da sua vida à causa do HDT”.
Com informações do repórter Samuel Straioto