O primeiro teste na nova montanha-russa instalada no Parque Mutirama foi realizado nesta quarta-feira (09), pelo engenheiro de segurança Jucelino Peixoto, da empresa Engenharia de Licenciamento (SP).
O engenheiro, que também é ex-presidente da Associação dos Usuários de Montanha-Russa do Brasil, veio a Goiânia após um pedido da prefeitura da cidade. Ele é considerado um dos especialistas brasileiros em montanhas-russas, e sócio proprietário de empresa que emite laudos de segurança para parques de diversão.
A primeira etapa é a denominada estática, sendo a montagem do equipamento em si. O parecer técnico relata que o equipamento está pronto para o início dos testes dinâmicos. Segundo ele, vão ser feitos testes de carrinho por carrinho da montanha-russa, para testar o funcionamento elétrico, eletrônico e mecânico. Após o teste de frenagem, fracionamento, subida e descida, a finalização será o teste com os passageiros.
Os testes podem durar de 10 a 15 dias, dependendo das condições meteorológicas. Jucelino Peixoto elogia o estado da montanha russa adquirida pela prefeitura de Goiânia. Ele declara que o equipamento nunca esteve tão bom, não apenas em termos de visual como também de segurança.
“Se você visitar qualquer um dos grandes parques de diversões no mundo, você vai verificar equipamentos que têm exatamente a mesma idade que este, e até bem mais antigo, e que estão em funcionamento na Disneylândia, na Califórnia, Orlando, e Nova Iorque”, aponta.
Sobre as informações de que a prefeitura de Goiânia comprou o brinquedo a um alto preço, o engenheiro de segurança afirma que para chegar ao Brasil, com todos os custos de impostos, não sairia menos que três ou quatro vezes o valor da montanha que está sendo feita no Mutirama. Ele ressalta que atualmente não é permitido pela legislação importar equipamento usado.
O Secretario Extraordinário de Projetos Especiais da prefeitura de Goiânia, Leodante Cardoso, destaca a importância da vistoria que pode resultar ate na devolução do equipamento caso seja constada alguma irregularidade.
“Foi feita uma licitação para todo o parque, e a montanha faz parte dela. A liberação depende de uma aprovação de técnicos, que é o que iniciamos hoje. Se tiver qualquer coisa que não esteja dentro do edital e da segurança, isso pode ser desfeito, sem nenhum prejuízo para a prefeitura”, garante.
O Secretário destaca que as obras estão dentro do cronograma, funcionando sem atrasos. De acordo com ele, tanto as obras do parque quanto as obras do túnel e passarela, em qualquer atraso que tenha, vai ser recuperado.