Sagres em OFF
Rubens Salomão

Bolsonaro afirma a apoiadores que “não pode ir para o tudo ou nada”, após recuo

O presidente Jair Bolsonaro repetiu ontem justificativas a apoiadores depois da nota de recuo publicada na quinta-feira (09) em que afirmou que as ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) foram feitas no “calor do momento”. Ao ser questionado por uma bolsonarista sobre como o movimento dos caminhoneiros deveria agir, o presidente respondeu que não se trata de recuo, mas que “não pode ir para o tudo ou nada”.

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“As consequências de uma paralisação são gravíssimas para todo mundo. Você quando quer matar um verme, às vezes mata a vaca. Até domingo, se ficar parado, a gente vai sentir, mas, se passar disso, complica a economia do Brasil. Ninguém tá recuando. Não pode ir pro tudo ou nada. Vai arrumar o Brasil devagar. Vai arrumando”, alegou. Na quarta-feira (8), Bolsonaro enviou áudio em que pedia aos manifestantes que desmobilizassem as paralisações. Na mensagem, tratou os caminhoneiros como “aliados” e argumentou que a greve, neste momento, “atrapalha nossa economia”.

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O presidente repetiu aos apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, que a mobilização no Dia da Independência “não foi em vão”. “Vai voltar a normalidade. O grande dia foi dia 7. O retrato é para o mundo todo. Não foi em vão não”. E lembrou ainda que quem for eleito em 2022 poderá indicar mais dois nomes para o STF. “Quem for eleito em 2022 tem duas vagas para o início de 2023. Tem certos povos que esperam 100 anos para atingirem os objetivos. Tem alguns que querem em um dia. Vai devagar, tá indo”, concluiu.

Foto: Jair Bolsonaro em meio a apoiadores em São Paulo, no dia 7 de setembro. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)

Divergência

O deputado estadual Paulo Cézar Martins realizou reunião com emedebistas, na noite desta sexta-feira (10), com o objetivo de reforçar movimento por candidatura própria do partido em 2022 e contra a aliança do MDB com o DEM, depois de convite pessoal do governador Ronaldo Caiado.

Peso reduzido

Entre os presentes, estavam o ex-vereador Mizair Lemes Junior; o presidente da Câmara Municipal de Aparecida, André Fortaleza; o presidente da Fundação Ulysses Guimarães em Goiás, Enio Salviano, além de Gustavo Mendanha, que centralizou o evento.

Foto: Gustavo Mendanha discurso em evento de emedebistas por candidatura própria. (Crédito: Divulgação)

Argumentos

PC Martins, único deputado estadual do partido a não assinar nota em apoio à aliança com o DEM, afirmou em discurso que “o MDB não pode aderir à chapa branca do governo” e apontou Mendanha como a “esperança” da legenda para a próxima eleição. Já o prefeito de Aparecida de Goiânia repetiu que “time grande tem que disputar campeonato”. “O MDB é grande, forte e tem a responsabilidade de devolver a alegria ao povo goiano”, discursou.

Prazo dado

A reunião não contou com qualquer membro da executiva estadual do MDB. Em entrevista à Sagres, o presidente do partido, Daniel Vilela, antecipou que o convite de Caiado apressa a tomada de decisão. Expectativa é que o anúncio do aceite seja realizado até o final deste mês.

Foto: Deputada estadual Adriana Accorsi, no plenário da Assembleia Legislativa. (Foto: Marcos Kennedy/Alego)

Proposta

Tramita na Assembleia Legislativa projeto de lei que pretende proibir homenagens que tenham qualquer relação com o período da escravidão em Goiás. A matéria veda a utilização de expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal relacionado à escravidão ou a pessoas notoriamente participantes do movimento eugenista brasileiro.

Justificativa

A autora do texto, a deputada delegada Adriana Accorsi (PT), aponta que o racismo e a desigualdade no Brasil são muito graves e estruturais, que fazem parte do dia a dia. “Precisamos combatê-los em todos os espaços. Essa desigualdade impacta em situações de preconceito e discriminação, em violência, morte, em atingir os corpos negros de forma muito mais grave, como o feminicídio que atinge muito mais mulheres negras”, afirma.

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