A vinda do Ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para Goiânia, não foi apenas para tratar dos assuntos sobre o seminário de recursos públicos, como também para fazer um balanço atual do governo de Dilma Rousseff.
Ouça o áudio da entrevista:
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Segundo ele, o primeiro mandato da Presidente foi marcado pela crise econômica que assola os principais países. No entanto, pelo fato de o Brasil passar por esta situação com uma economia consistente, o crescimento do país acaba por se tornar então o grande mérito de Dilma Rousseff.
“Nós estamos navegando por um caminho que tem nos levado a um porto seguro, ou seja, passamos o ano sem grandes problemas no Brasil, e ainda em condições de poder até ajudar os outros países. Isso é um orgulho que nós brasileiros temos que ter”, assegura.
Queda de ministros
O Ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República analisa como natural esta questão de queda dos ministros em um governo.
“No governo do Presidente Fernando Henrique vários ministros saíram, no governo do Presidente Lula nós perdemos ministros que eram muito importantes para nós, e assim aconteceu ao longo deste ano”, declara.
Questionado sobre a recente saída, que foi a do Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, Gilberto Carvalho negou comentar, afirmando que este é um assunto “exclusivo” da Presidente Dilma.
“Cabe a nós ministros trabalharmos, porque nós temos muitas coisas a fazer, e não podemos perder nosso tempo apenas olhando estas questões. A regra é os ministros trabalharem, cumprirem o seu papel, e cabe a Presidente analisar o que lhe é competente”, argumenta.
Celg
O assunto da Companhia Elétrica de Goiás não poderia deixar de ser discutido em visita Ministro em Goiânia. Gilberto Carvalho garante que a Presidenta Dilma Rousseff faz questão de que a maior parte das ações da Celg seja gerida pelo governo federal.
“O acordo da Celg já estava sacramentado no final do governo anterior, e foi o atual governador que solicitou que o acordo não fosse concretizado. Posto isso, se retomaram as negociações, mudaram-se as condições, portanto nós estamos em uma fase de negociação com o governador atual. Goiás é um Estado muito importante para nós, mas não faremos irresponsabilidades. Estamos fazendo uma discussão madura com o governo do Estado”, alega.
No entanto, para Gilberto Carvalho, o acordo teria sido mais favorável se tivesse sido realizado ainda no ano passado, mas insiste que a conduta do governo federal é “republicana”, tendo boa vontade em colaborar.