Após investigação realizada pelo Ministério Público Estadual e a descoberta do esquema de desvios de recursos da Associação de Combate ao Câncer de Goiás no Hospital Araújo Jorge, veio à tona que nos últimos dez anos a instituição obteve déficits mensais em torno de R$ 300 mil e acumula uma dívida de aproximadamente 74 milhões de reais.

Um dos principais objetivos da nova diretoria é renegociar as dívidas. Tendo em vista elaboração de um plano de recuperação, o Secretário Municipal de Saúde, Elias Rassi, convidou o Subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Olavo Noleto, para uma visita ao Hospital Araújo Jorge, administrado pela instituição. 

O secretário revela que já conversou com senadores e deputados em busca de uma solução para o problema. “Pode ser que se aponte um processo de renegociação de dívidas juntos as instituições financeiras”. Rassi destaca ainda pendências na área trabalhista. “Precisamos de uma organização no campo administrativo e financeiro, além de uma organização no campo da transparência pública e ao mesmo tempo a superação das dificuldades dos pacientes”.

Sobre a visita de Noleto, Elias diz: “Olavo disse que antes de anunciar qualquer ajuda financeira, será feito um estudo técnico”. O mesmo alega que o poder público faz antes de qualquer ação um diagnóstico para então se buscar a solução. “Temos o cuidado de respeitar a história da instituição, respeitar a direção e a convite dela ai sim vamos chegar mais perto, acompanhar mais de perto a situação”.

Para chegar a uma solução, o secretário municipal relembra o caso Celg e afirma que assim como ocorreu na estatal é preciso analisar a instituição e elaborar um projeto de recuperação. “Quero ver números, acho que o mundo técnico da saúde tem que se debruçar sobre tudo que compõe a parte técnica e administrativa de uma instituição deste tipo. Nessa hora deve chamar os especialistas”, diz o médico.