Deputados da frente parlamentar evangélica reagiram, nesta segunda-feira (14), à tentativa de votar na Câmara nesta semana o projeto de lei que legaliza os jogos de azar, como cassinos, jogo do bicho, bingo e caça-níquel. Além da promessa de obstrução, lideranças religiosas pediram que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), retire o tema da pauta. Na prática, o pedido estava na pauta do dia, mas foi retirado por falta de quórum.
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Se o pedido fosse votado e aprovado, a tramitação pularia algumas etapas — o texto seria analisado diretamente pelo Plenário sem passar por comissões. Para aprovar o requerimento, seriam necessários 257 votos, número superior aos 162 parlamentares com presença registrada na abertura da sessão. A Frente Parlamentar Evangélica é formada por 107 deputados.
O grupo de trabalho que debateu a proposta nos últimos três meses apresentou uma primeira versão do parecer na sexta-feira (10). O coordenador do grupo de trabalho, deputado Bacelar (Podemos-BA), afirmou que a intenção é votar o projeto em plenário ainda nesta semana, após a votação de um requerimento de urgência. O deputado Felipe Carreras (PSB-PE) será o relator.

Protesto!
O líder da frente parlamentar evangélica, deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), prometeu que o grupo entrará em obstrução para evitar que o texto seja aprovado.
Prejuízos
“Não é viável termos essa pauta prosperando nesta Casa. Esse tema traz uma desgraça para as famílias brasileiras. Se hoje, da forma que é, já temos a destruição de 20 milhões diretamente, imagine com o jogo regularizado no país”, disse.
Veto à vista
O deputado Cezinha ainda declarou que conversou com o presidente e ouviu dele que, se o projeto passar pela Câmara, vai vetar. “Quando eu conversei com o presidente sobre o assunto, para ver qual seria a postura dele se o assunto fosse pautado, ele disse: ‘Cezinha, vocês têm que derrubar isso na Câmara. Se caso vier a ser aprovado, eu vou ter que vetar’”, afirmou.

Crime eleitoral
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou o senador Jorge Kajuru (Podemos) pela produção de um informe publicitário com recursos da Câmara Municipal de Goiânia. A condenação, no valor de R$ 31,9 mil, foi aprovada pela maioria do Tribunal e divulgada pelo Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral), nesta segunda-feira (13).
Poder político
A produção foi feita por Kajuru e o segundo suplente dele, Milton Mercêz (Patriota), que também era vereador. O partido Patriota também foi condenado a multa de R$ 31,9 mil. Não há primeiro suplente na chapa desde o óbito de Benjamin Bezé.
Justificativa
A maioria do Tribunal acolheu recurso do MP Eleitoral, que pediu a condenação por abuso de poder político e o pagamento da multa. Segundo a representação, o então pré-candidato ao Senado utilizou bens móveis e de serviços do setor de gráfica da Câmara Municipal de Goiânia, para a impressão de 990 cópias do informe publicitário intitulados “Kajuru, diferente de todos, pré-candidato a Senado, propostas por Goiás e pelo Brasil”.

Comparação
O presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, comparou a atual gestão de Ronaldo Caiado aos primeiros anos de seu pai, Maguito Vilela, à frente da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, entre 2008 e 2012. A declaração foi dada durante abertura do Mutirão Iris Rezende, neste fim de semana.
Circunstâncias
“Assim como agora, meu pai recebeu Aparecida em condições difíceis. O senhor recebeu a gestão arrombada do ponto de vista fiscal, salários atrasados, obras paradas e, com responsabilidade, conseguiu recuperar o Estado e o resultado está aí”, disse o presidente do MDB de Goiás.
Ao lado
“Tive o privilégio de estar ao lado do meu pai e presenciar toda a transformação que aconteceu nesta cidade. O que me motivou a seguir na vida pública foi ver um político que estava na política para transformar a vida das pessoas, como ele fez em Aparecida”, reforçou.
