Durante entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira (6), o prefeito Paulo Garcia prestou diversos esclarecimentos a vários veículos de imprensa da capital sobre as obras no Parque Mutirama. A principal delas é participação do Exército Brasileiro como responsável por um amplo e completo inventário sobre as obras referentes ao túnel da Marginal Botafogo e à plataforma suspensa que está sendo edificada sobre essa via. O encontro com os jornalistas ocorreu no sexto andar do Paço Municipal e teve a presença de vários secretários, entre eles: o presidente da Agencia Municipal de Obras (Amob), Iram Saraiva Júnior, o procurador-geral do Município, Reinaldo Siqueira Barreto; os secretários de Finanças, Dário Campos, e de Compras e Licitação, Andrey Sales de Souza Campos Araújo; do controlador-geral do Município, Oseias Pacheco de Souza, e do presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Luciano Castro, dentre outros.
Conforme informação do próprio prefeito, essa e outras medidas anunciadas constam de um documento entregue de manhã por Paulo Garcia ao procurador da república Marcello Santiago Wolff, representante do Ministério Público Federal (MPF) em Goiás. O documento em questão é referente a algumas recomendações do MPF encaminhadas à Prefeitura no último dia 1º. Há cerca de um mês o órgão federal investiga possíveis irregularidades na execução e administração nas obras da plataforma e do túnel da Marginal Botafogo.
O prefeito anunciou que já nesta quarta-feira, 7, parte da equipe do Exército estará no local da obra para dar início a esse inventário, que segundo Paulo Garcia, poderá diversas possibilidades de uso, e o principal objetivo será o de mostrar a verdade acima de tudo. “A utilização desse inventário pode ser a mais plural possível. Pode, por exemplo, ser prova documental de tudo que foi feito e pago, ou também pode nos ajudar a chegar a uma conclusão de que precisaremos fazer uma correção de rumos”. Ainda de acordo com o prefeito, o inventário irá levantar todo o histórico da obra, desde o planejamento arquitetônico e de engenharia até a execução dos trabalhos e do orçamento.
Paulo Garcia fez questão de ressaltar o caráter, segundo ele próprio, insofismável e a credibilidade desse trabalho do Exército Brasileiro junto às obras do Parque Mutirama. “Quando imaginamos que o Exército poderia nos ajudar, nós nos pautamos na idoneidade dessa instituição, em seu caráter de entidade pública insofismável e também na sua ampla capacidade operacional”. Ele lembrou, inclusive, da participação e contribuição do Exército Brasileiro em projetos importantes para o País como a transposição do Rio São Francisco e as obras do aeroporto de Guarulhos em São Paulo.
Sobre a investigação do MPF, o prefeito Paulo Garcia frisou durante a coletiva que a decisão de suspender as obras do túnel e da plataforma sobre a Marginal Botafogo foi inteiramente sua. “Assim que tomei conhecimento oficial da investigação aberta pelo Ministério Público Federal, determinei imediatamente a suspensão dos trabalhos e o afastamento dos servidores supostamente envolvidos. Muitos até consideraram essa decisão de paralisar a obra um preciosismo, mas o fiz para preservar o local e dar o máximo de transparência possível para às investigações”, explicou Paulo Garcia.
Liberação da Marginal
A respeito da liberação da Marginal Botafogo, o prefeito da capital preferiu não anunciar ou mesmo estimar uma dada provável para isso, mas afirmou que a reabertura do tráfego de veículos só ocorrerá após a conclusão do inventário a ser feito pelo Exército e dos laudos pericias a serem feitos pela Polícia Federal a pedido do MPF. Ele também alertou que essa liberação ocorrerá também depois de comprovada a total situação de segurança.
Uso político
O prefeito Paulo Garcia admitiu o uso político de fatos referentes a possíveis irregularidades nas obras do Parque Mutirama, mas somente por parte de correntes político-pardidárias contrárias à sua administração. “Mas isso é normal e faz parte do jogo democrático”, afirmou. Ele ressaltou, porém, a importância e seriedade de órgãos fiscalizadores como Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas do Município. “Não acredito e jamais diria que qualquer ação do Ministério Público Federal, do TCM e do Ministério Público Estadual não seja de ofício
Da Prefeitura de Goiânia