O volante Éverton recebeu no primeiro jogo contra o Crac pela fase semifinal do Campeonato Goiano o terceiro cartão amarelo. Naturalmente ele não jogaria a partida de volta no Serra Dourada. Só que as imagens da televisão flagraram o jogador desferindo socos contra o meia Ronildo do time de Catalão.

 

Após denuncia oferecida pela Procuradoria Geral do Tribunal de Justiça Desportiva de Goiás, o Presidente daquele colegiado resolveu suspender preventivamente em 20 dias, mesma pena aplicada ao jogador Ronildo, impossibilitando ainda mais a sua atuação nos jogos decisivos do Campeonato Goiano.

 

O Goiás Esporte Clube enviou um pedido de reconsideração ao ato do Presidente Alexandre Magno, o que foi aceito e provido na semana do primeiro jogo da decisão da competição. Além disso, o Departamento Jurídico do Goiás enviou um documento à Federação Goiana de Futebol pedindo informações sobre as condições do volante Everton. A entidade que tem competência para tal manifestação repassou a consulta ao TJD. Diga-se de passagem, este não tem competência para tal, esta pertence ao Departamento de Registro da FGF. Mesmo, contudo o Presidente do Tribunal enviou documento atestando a condição de jogo do atleta que entrou em campo contra o Goiás.

 

Após o Atlético vencer o primeiro jogo o Departamento Jurídico do time rubro-negro encaminhou queixa a Procuradoria pedindo oferecimento de denuncia e perda de seis pontos pelo fato do Goiás ter utilizado o jogador.

 

A dúvida: O Everton poderia jogar contra o Atlético? Ele cumpriu contra o Crac a suspensão pelo terceiro cartão amarelo ou a suspensão preventiva?

 

Em primeira instância, o caso foi julgado no dia 19 de maio, e o Goiás se manteve como campeão – 3 a 2 na votação dos auditores da Primeira Comissão Disciplinar.

O recurso seguiu para o Pleno do TJD-GO e o Atlético conseguiu sustentar o recurso com uma vitória apertada – 4×3. O caso agora será julgado pelo STJD no Rio de Janeiro.

 

O Goiás contratou o advogado paulista João Zanforlin que defende o Corinthians Em entrevista a Rádio 730 ele demonstrou muita confiança na vitória esmeraldino e conseqüentemente a recuperação do título goiano.

 

Pelo lado atleticano o advogado Marcos Egídio aguarda com expectativa o julgamento e critica a postura do Ex-Diretor Jurídico do Goiás – Dr. João Bosco Luz que hoje é membro do Superior Tribunal de Justiça Desportiva e estaria segundo ele colaborando com o recurso esmeraldino.

 

Confira aí as declarações dos dois advogados aos repórteres Edson Júnior e Rafael Bessa.

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