Senador diz que Meirelles “não quer correr riscos” na campanha, mas nega desistência

O senador Vanderlan Cardoso (PSD) ainda nega que seja fato a desistência de Henrique Meirelles (PSD) da pré-candidatura ao Senado por Goiás, apesar de, nos bastidores, o ex-ministro ser considerado carta fora do baralho. Como antecipado aqui, Meirelles voltou mais cedo para São Paulo depois da visita relâmpago e de última hora a Goiás. A intenção era retomar as conversas sobre os rumos do PSD em São Paulo e ganhou ainda mais força a proposta para que o secretário da Fazenda e Planejamento seja candidato a vice-governador ao lado de Rodrigo Garcia (PSDB), com a saída de João Doria.

Apesar de negar a desistência, Vanderlan Cardoso admitiu ontem, depois de reunião com representantes do Setor Produtivo, em Goiânia, que o ex-ministro “não quer correr riscos na campanha” e que por isso avalia com detalhes o planejamento para eventual disputa. Ainda na semana passada, a Coluna informou que Meirelles considerava como fatores negativos o limite de gastos na campanha e a possível concorrência com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que lidera a corrida ao Senado nas pesquisas divulgadas.

“Ele está buscando maneiras de fazer a pré-campanha e a campanha dele. Ele é muito organizado e não quer correr risco, como muitos já estão correndo”, disse Vanderlan em resposta ao Diário de Goiás. O senador, no entanto, afirma a saída de Meirelles não é oficial. “Hora nenhuma ele disse para o PSD, nem para o presidente Kassab, com quem ele se reuniu nesse final de semana, nem para o Vilmar, nem para o Simeyzon, nem para o deputado Francisco Júnior que ele vai desistir”, alega.

Na janela

O deputado estadual Talles Barreto confirmou saída do PSDB, depois de migrar para a base aliada ao governador Ronaldo Caiado (UB), e bateu o martelo sobre o destino: vai se filiar ao Progressistas (PP) até o fim da janela partidária, no dia 2 de abril.

Alternativas

O ex-líder da oposição na Assembleia Legislativa considerava também a possibilidade de migração para o União Brasil, mas a concorrência interna, com outros deputados estaduais, o afastou da ideia.

Formação de chapa

Além de Talles, se aproximam do PP os pré-candidatos a estadual: Lucas Calil, Charles Bento, Thiago Albernaz e Amilton Filho, que buscam abrigo para a disputa à reeleição na Alego, além de Issy Quinan.

Ao gabinete

Primeiro suplente da coligação formado pelo MDB em 2018, Max Menezes deve assumir o cargo do deputado estadual Humberto Aidar (MDB) na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) nesta semana.

Indicado

Aidar deixa a função parlamentar depois de o Plenário da Alego aprovar, com 40 votos favoráveis e nenhum contrário, a indicação do nome dele ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO).

Na espreita

A bancada feminina na Câmara Municipal de Goiânia poderá ser reforçada a partir de 2023, a depender do resultado das eleições de outubro. A ex-vereadora e primeira suplente do PSD, Priscilla Tejota (PSD) e a presidente estadual do PT em Goiás, Katia Maria (PT), podem passar a ocupar os cargos.

Candidaturas

A mudança ocorreria caso vereadores sejam eleitos. Seja Sabrina Garcêz (PSD), que busca vaga na Câmara Federal, ou se forem eleitos Luciula do Recanto (PSD) e Mauro Rubem (PT), que são pré-candidatos a deputado estadual.

Benefício

Servidores efetivos e comissionados do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) terão direito a auxílio-saúde, a partir de lei sancionada ontem pelo governador Ronaldo Caiado. O texto estabelece o benefício aos servidores e reduz percentuais da Gratificação por Incentivo Funcional (GIF), que incide apenas sobre a remuneração de servidores efetivos.

Simetria

De acordo com o presidente do TCE e autor da matéria, Edson José Ferrari, já foi reconhecida a simetria entre membros do Ministério Público e da Magistratura, com base em decisões do CNJ e do TJGO. Por isso, passa a ser instituído o programa de assistência de saúde para conselheiros, auditores e procuradores de contas.

Economia

Além disso, o presidente aponta que redução da Gratificação por Incentivo Funcional se deve por conta da realidade de contenção de gastos no Tribunal. Segundo ele, a decisão tem a intenção de compensar o impacto financeiro gerado pela oferta do benefício aos servidores.