O silêncio da deputada federal Iris Araújo (PMDB) no depoimento do governador Marconi Perillo (PSDB) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, a CPMI Cachoeira, na terça-feira (12) foi motivo de críticas de aliados e adversários políticos da peemdeebista.
Em nota enviada à imprensa, Iris afirma que pelo fato de ser adversária política do governador, houve impedimento ético, caso houvesse questionamentos, seriam vistos como disputa paroquial. “A CPMI não é palco para espetáculo, para jogar para a plateia”
A parlamentar relata que já havia informado que não interrogaria o tucano e nega que a postura tenha sido motivada por temer que Marconi levasse ao conhecimento público denúncias sobre adversários políticos em Goiás, principalmente a respeito do ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, esposo de Araújo.
De acordo com a peemdeebista, Rezende solicitou ao atual prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, que mostrasse os contratos com a Delta e entregasse à imprensa, como prova que não há irregularidades. A deputada destaca que Perillo compareceu na CPMI para explicar a ligação pessoal e do seu governo com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Ainda na nota, Araújo considera que as explicações do governador Marconi foram insuficientes. “O governador apenas desconheceu as acusações e contou com uma claque para inibir o desempenho dos parlamentares e defendê-lo. A quebra de todos os sigilos sim é um gesto importante do governador para ajudar a provar, de fato, que ele não tem relação com a quadrilha de Cachoeira e que ela não ocupou postos em seu governo”.