A direção do Hospital de Doenças Tropicais de Goiânia (HDT) realiza trabalho emergencial de esterilização dos materiais usados na unidade. O motivo é a intervenção da Central de Material Esterilizado (CME) feita pelo Ministério do Trabalho. O Diretor da unidade, Boaventura Braz explicou que parte do serviço será realizada internamente e outra, em parceria com a Santa Casa de Misericórdia.
“Isso nós conseguimos resolver, o próprio Estado nos providenciou materiais compatíveis para o transporte dos materiais para a execução da esterilização. Por outro lado, contamos com a colaboração de vários parceiros pra realizar o processo”, relata.
Na próxima semana, uma Organização Social inicia a gestão do HDT. O diretor jurídico da OS, Ricardo Ribeiro, afirma que a entidade será responsável apenas pela gestão de recursos e não pela reforma estrutural da unidade. “O contrato é de gestão. A OS não está autorizada a mexer na questão de estrutura do prédio”.
Segundo Boaventura Braz, existe um projeto em fase final de elaboração para a reforma do HDT. “Temos um projeto no sentindo de ampliação do serviço. Ele está orçado em R$ 8 milhões. Acredito que dentro de dois anos, teremos outra realidade no hospital”, garante.
“Socorro”
Médicos, enfermeiros e outros profissionais do HDT estiveram nesta sexta-feira (15) na sede da OAB-GO para denunciar a situação de “total abandono” pela qual passa a instituição, segundo os funcionários. Eles pediram socorro à Comissão de Direitos e Prerrogativas e protocolizaram documento, uma Carta Aberta à Sociedade, descrevendo todos os problemas estruturais e de material humano.
Em alguns casos, os profissionais relatam que a unidade não comporta a demanda de pacientes e denunciam a falta de insumos básicos como glicose; antibióticos; soro e outros. O HDT tem aproximadamente mil funcionários e, segundo os profissionais que estiveram na OAB-GO, o movimento não tem qualquer conotação política.