O governador Ronaldo Caiado assinou nota, em processo liderado pelo secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, contra qualquer possiblidade do ex-juiz Sergio Moro tentar se viabilizar como pré-candidato à Presidência da República pela legenda. A carta foi preparada minutos antes de Moro anunciar publicamente a desistência da disputa pelo Planalto. “Neste momento, não há hipótese de concordarmos com sua pré-candidatura presidencial pelo partido”, diz o texto, assinado por outros seis dirigentes do partido que eram do DEM.
Ouça:
Ouça “#387: ACM Neto e Caiado assinam nota contra candidatura presidencial de Moro no UB” no Spreaker.O documento afirma que o ex-juiz e ex-ministro será “muito bem-vindo” se quiser construir uma candidatura em São Paulo pela legenda – o acordo é que ele concorra a deputado federal-, mas que a sigla “deixou claro” que ele não concorrerá à Presidência. “Nós, membros da Comissão Instituidora do União Brasil, reconhecemos a importância e respeitamos a trajetória na vida pública do ex-ministro Sergio Moro. Entendemos, também, que Moro pode contribuir muito para o debate político nacional. Entretanto, deixamos claro que o seu eventual ingresso ao União Brasil não pode se dar na condição de pré-candidato à Presidência da República”, afirma a carta.
O grupo que subscreveu o documento representa 49% dos votos da Executiva nacional e seria capaz de impugnar a filiação de Moro, o que impediria o ex-juiz de disputar as eleições. Os dirigentes que assinaram a carta ficaram irritados com as declarações do deputado Junior Bozella, vice-presidente do UB em São Paulo, que deixou aberta a possibilidade de Moro disputar a Presidência pelo partido. Assinam o documento ACM Neto, secretário-geral, Efraim Filho, que é primeiro Secretário, além dos vice-presidentes José Agripino Maia, Ronaldo Caiado, Prof. Dorinha, Mendonça Filho, Davi Alcolumbre e Bruno Reis.

Gastos
O acerto entre Moro e o comando do UB é para que ele seja candidato a deputado federal, com garantias que apenas detentores de mandato têm na busca pela reeleição. Principalmente o fato de ter a campanha bancada pelo fundo do partido, até o limite de R$ 2,5 milhões, imposto pela Justiça Eleitoral.
Conversa
ACM Neto teve conversa com Moro nesta quinta-feira (31) em que expôs a posição definida na nota pelos dirigentes ex-DEM. O ex-juiz admite não concorrer à Presidência da República, mas ainda há quem defenda novas tentativa até o prazo das convenções.

Cargo entregue
Agora ex-prefeito, Gustavo Mendanha (Patriota) entregou ontem o cargo de chefe da administração em Aparecida de Goiânia ao vice, Vilmar Mariano. Os eventos, no Centro Administrativo e na Câmara Municipal, se tornaram atos de campanha pela pré-candidatura dele ao governo estadual.
Reforma
O agora prefeito de Aparecida, Vilmarzinho já antecipa que fará trocas pontuais no secretariado. Ele ainda não definiu publicamente quais nomes ou pastas a serem mexidas, mas pontuou que tudo será feito com “cautela”.

Anúncio
“Algumas trocas vamos fazer, mas com muito muito zelo e muito cuidado para não errar. Ou errar menos o possível com as trocas a serem feitas”, disse durante entrevista coletiva na manhã desta quinta.
Reforços
Cinco meses depois da chegada ao PMN, Léo Batista assume a presidência PROS em Goiás. O convite ocorreu por determinação do presidente nacional, Marcus Holanda, em articulação da pré-campanha de Gustavo Mendanha.
Estrutura
A migração de Léo Batista ocorre com o anuência do presidente estadual do PMN, o ex-vereador por Goiânia, Paulo Daher. O PMN já havia deixado, oficialmente, a base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e o PROS tomou o mesmo caminho ontem, com a chegada do aliado de Gustavo.

Novo caminho
A vereadora Sabrina Garcêz (PSD) decidiu continuar no PSD e trocar a pré-candidatura. Antes em busca de vaga na Câmara Federal, ela agora se apresenta como pré-candidata a deputada estadual.
Desistência
A mudança de planos ocorre por dois motivos: redução de apoio e eventual financiamento da campanha para federal, com a iminente desistência de Henrique Meirelles (PSD) na disputa ao Senado; e a negativa no comando do PSD para que ela pudesse mudar de partido sem perder o mandato na Câmara de Goiânia.