Nesta terça-feira (24), a 11ª Vara da Justiça Federal de Goiânia ouve quatro testemunhas de acusação e dez testemunhas de defesa no processo contra Carlinhos Cachoeira referente à Operação Monte Carlo.

As quatro testemunhas de acusação são policiais federais que participaram das interceptações telefônicas da Monte Carlo. As dez testemunhas de defesa, foram indicadas pelos réus. Os advogados informaram que várias testemunhas que moram fora de Goiânia foram ouvidas no processo por carta precatória.

O bicheiro Carlinhos Cachoeira chegou por volta das 8h ao prédio da Justiça Federal de Goiânia para acompanhar o depoimento das testemunhas. Ele entrou na sala de audiências pouco antes do início da sessão, vestido de terno, e ficou sentado na primeira fileira dos réus. Também sentou na primeira fileira Gleyb Ferreira da Cruz.

Os demais réus no processo acompanham os depoimentos, estão na segunda fileira: Idalberto Matias de Araújo, o Dadá; Wladimir Garcez; José Olímpio de Queiroga Neto; Lenine Araújo de Souza e Raimundo Washington de Sousa Queiroga, irmão de José Olímpio.

Familiares do contraventor acompanham o depoimento, entre eles a mulher, Andressa Mendonça, e o pai, Sebastião Ramos, conhecido como Tião Cachoeira.

O advogado Leonardo Gagno, que defende três réus do processo – Dadá, José Olímpio de Queiroga e Raimundo Queiroga – pediu logo no início da sessão a suspensão das audiências para ouvir as testemunhas sob argumento de que os advogados dos demais 73 réus do processo que foi desmembrado não estão presentes.

O procurador da República Daniel de Resende argumentou que a audiência não causará prejuízo aos réus ausentes. O juiz Alderico Rocha indeferiu o pedido. A advogada Dora Cavalcanti, que defende o bicheiro Carlinhos Cachoeira, também pediu a suspensão das audiências e argumentou que as diligências não foram concluídas. O procurador Daniel Resende afirmou que os dados pendentes não impedem a realização das audiências. O juiz Alderico Rocha concordou com o procurador e rejeitou o pedido.

O Policial Federal Fábio Alvarez presta depoimento, falou sobre infiltração do grupo do bicheiro nas polícias e ainda citou que as interceptações deixaram claro que Cachoeira “era líder da organização criminosa”. Segundo ele, a abertura de casas de bingo era feita “sempre com ordem dele”.

Na quarta-feira (25), será a vez do interrogatório de sete dos oito réus do processo. Deles, apenas dois ainda estão presos: Carlinhos Cachoeira e Gleyb Ferreira da Cruz, apontado como auxiliar do bicheiro.