A Justiça Comum do Distrito Federal entendeu que Carlinhos Cachoeira deve continuar preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília. A decisão, da 5ª Vara Criminal de Brasília, é relativa à Operação Saint-Michel, que apurou fraude no transporte público do Distrito Federal.
A decisão é do último dia 11 de outubro, mas foi divulgada apenas nesta terça-feira (16). De acordo com a juíza Ana Cláudia de Oliveira Costa Barreto, Cachoeira não pode ser solto porque “ainda representa risco concreto à ordem pública”. Ela ainda informou que, se a defesa parar de entrar com recursos, a sentença desse caso deve sair, no máximo, dentro de 30 dias.
Em trecho da decisão, a juíza ressalta que “em razão do inegável poderio econômico do réu, exibido às escâncaras na mídia, as outras medidas cautelares previstas na legislação não seriam suficientes para resguardar a ordem pública, uma vez que, no atual momento processual, deve preponderar o interesse da sociedade”.
No dia 3 de outubro a defesa entrou com o pedido de liberdade, alegando que Cachoeira não oferece mais risco à sociedade e também reclama do fato de que já se passou muito tempo desde que o empresário foi preso preventivamente, em fevereiro deste ano, sem que haja uma decisão definitiva.
O advogado de Cachoeira Nabor Bulhões tem entrado com novos recursos na Justiça para conseguir a liberdade de Cachoeira. Um dos recursos foi atendido nesta segunda (15) pelo desembargador Fernando Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).