Vereadores do PSDB em Goiânia, aliados ao governador Marconi Perillo, caracterizam como absurdo o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, no Congresso Nacional, que relaciona 54 pessoas, entre recomendações de investigação e indiciamentos. O relator, deputado federal Odair Cunha (PT) quer que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) seja indiciado pelos crimes de associação a quadrilha, corrupção passiva, advocacia administrativa, tráfico de influência, falso testemunho e lavagem de dinheiro.
O pedido será avaliado pelo Ministério Público Federal (MPF) e o Superior Tribunal de Justiça.
O parlamentar Maurício Beraldo é enfático em relação ao relator, Odair Cunha:
“Ele devia tomar vergonha na cara. Não chamou lá ninguém relacionado à Delta, aos grandes contratos com o governo federal e a prefeitura de Goiânia. Trata-se de uma questão política para colocar o governador em evidência, em uma situação de perseguição”.
O vereador Geovani Antônio, também do PSDB, acredita que o pedido de indiciamento de Marconi é uma manobra política de membros do PT, para amenizar o impacto político do julgamento do mensalão.
“Foi criada com cunho político e demonstrando claramente a subserviência ao ex-presidente Lula. Inventaram a CPI do Cachoeira pra tentar minimizar esse impacto e direcionaram à aqueles que são considerados oposição”, ataca.
A leitura do relatório preliminar da CPMI do Cachoeira foi remarcada para esta quinta-feira (22). Ainda existe a possibilidade de prorrogação dos trabalhos por mais 180 dias, caso esta seja a vontade de um terço de todos os deputados e senadores.