Tenho acompanhado atentamente o trabalho de João Bosco Luz como presidente do Goiás e posso dizer, o cara tem me surpreendido. Ele é esperto, inteligente, sagaz e está atento e ligado a tudo 24 horas por dia.
Diferentemente dos dois últimos presidentes inexpressivos ungidos por Hailé Pinheiro, Joao Bosco tem luz própria (sem trocadilho com o sobrenome), apesar de sempre se reportar ao velho cacique nas decisões mais importantes.
Há muito tempo ele trabalha com futebol como advogado e, portanto, sabe tudo dos bastidores e submundo do futebol e sabe como agir. Prova disso é o bom transito que tem no STJD onde é amiguinho de quase todos os auditores e raramente perde uma ação naquele tribunal onde os fracos gemem e os fortes riem.
João Bosco é aquele tipo de gente que pode odiar outra pessoa, mas nunca deixa transparecer isso, ou seja, é um politico nato que calcula o que é melhor pra ele no futuro, mesmo tendo que engolir algo indigesto no momento. Ele nunca se indispôs com ninguém da imprensa apesar de ter muitas reservas em relação a alguns profissionais da área.
No problema entre a família Pinheiro e Raimundo Queiroz ele como se fosse uma enguia ensebada não manifestou em momento algum de que lado estava, mesmo sendo o vice presidente do Queiroz. Se publicamente ele se calava, intimamente gostaria de defender seu parceiro, mas sabia que seria massacrado e com isso vislumbrou a possibilidade de presidir o clube fato que acontece agora.
Faço esta menção ao presidente do Goiás para estabelecer um paralelo com o presidente do Atlético, Valdivino Oliveira. É inegável o papel do baixinho dirigente do Dragão nos últimos anos. Ele com o poder da caneta de secretario da principal pasta do GDF, a Secretaria da Fazendo, carregou muitos recursos para o clube de seu coração. A caneta era tão pesada que ate dirigente de time adversário por interesses comerciais, botava grana no Dragão.
Mas como se fosse um Sansão que perdeu as forças quando seu cabelo foi cortado por Dalila, Valdivino perdeu força, capacidade e criatividade. Além disso tornou se indolente quanto ao que fazer no Atlético. Tudo pra ele é “amanha eu vejo isso”, “depois vou ver isso”, “vou falar com ele” etc.
Com isso o Atlético está parado, inerte, sem resolver os problemas até do dia-dia. O Dragão pode perder quase tudo que conquistou em termos patrimoniais e nesse particular, o presidente ajudou muito pouco. Valdivino tem que entender que ele é o presidente e tem certas decisões que não podem ser delegadas, são intransferíveis.
Os Conselheiros influentes do Atlético, que são poucos, precisam acordar o Valdivino. Ele anda tomando bola nas costas do Joao Bosco a todo instante. Joao Bosco não brinca em serviço seja aqui em Goiás ou fora, especialmente na CBF e no STJD. Se ele tiver que secar alguém, minar as forças ele vai minar e está no papel dele.
Valdivino Oliveira precisa entender que em casa que não tem chapéu pendurado na parede da sala o cara entre e vai parar na cozinha e come tudo que estiver no fogão.
{jcomments on}