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A motivação para a chacina que deixou sete mortos em uma fazenda em Doverlândia, em abril do ano passado, foi dinheiro. Esta foi a conclusão apresentada pela Polícia Civil Goiana nesta quarta-feira (3), após a conclusão do inquérito do caso. Aparecido de Souza Alves, de 22 anos, soube, segundo a polícia, que, na propriedade de Lázaro Oliveira da Costa, de 57 anos, poderia haver uma grande quantia em dinheiro (cerca de R$ 40 mil), após a venda de pelo menos quatro carretas de gado. Lázaro queria construir uma casa do filho Leopoldo Rocha Costa, que estava de casamento marcado.
Aparecido já conhecia o terreno, pois havia trabalhado na fazenda e era conhecido dos donos. O titular da Delegacia de Iporá, Ronaldo Pinto Leite, destaca que Aparecido matou as vítimas “uma por uma”.
“Ele chegou à fazenda com a intenção de roubar dinheiro, matou o fazendeiro, posteriormente chegou o filho e ele também matou. A partir daí, ele cometeu cinco homicídios pra ocultar o primeiro crime”.
De acordo com os laudos, Aparecido de Souza Alves, realmente agiu sozinho. Ele mandava as pessoas se deitarem afirmando que se tratava de um assalto. Como sempre morou na roça, tinha habilidade com faca e foi matando um após o outro. A não reação das vítimas, segundo o delegado, se deu pelo fato de alguns deles terem sofrido um assalto meses antes da chacina e temerem a reação.
Aparecido não utilizou arma de fogo para não chamar atenção de vizinhos, por conta do barulho de um possível disparo. Ele matou Lázaro Oliveira da Costa de 57 anos, o filho dele Leopoldo Rocha Costa de 22; os amigos Joaquim Manoel Carneiro de 61 anos, a esposa Muraci Alves de Oliveira de 62, o filho Adriano Alves Carneiro de 22 e a noiva dele Tames Marques Mendes da Silva de 24. Por último, o vaqueiro da fazenda: Ely Francisco da Silva de 34 anos. A tragédia poderia ser ainda maior. O delegado Ronaldo Pinto informou que vizinhos da fazenda perceberam que algo estava errado. Foram procurar ajuda policial em Doverlândia e Aparecido os perseguiu.
O inquérito será encaminhado ao poder Judiciário, mas, devido a morte de Aparecido, o processo deverá ser arquivado. Caso ele estivesse vivo, poderia pegar até 230 anos de prisão.