A desocupação dos invasores do Parque Oeste Industrial, em Goiânia, completa em 2013, oito anos. Para muitas famílias, o trauma da época ainda não passou, mesmo que o governo do Estado queira transformar o local definitivo, o Residencial Real Conquista, em um modelo nacional de moradia. Na época da desocupação, fatos como a retirada forçada, mortes, correria, acampamentos em ginásios e depois meses no Grajaú sem condições mínimas de infraestrutura, ficaram marcados.
Esta semana, até sexta-feira (25), cerca de 30 cadastradores da Agência Goiana de Habitação, irão atualizar dados de famílias que poderão receber recursos da modalidade Reforma e Melhoria do Cheque Moradia. A mudança permite que o dinheiro seja usado em construções de muros e ampliação nas casas. Os moradores podem solicitar e, estando dentro dos critérios da lei do Cheque Moradia, é liberado até R$ 3 mil, conforme o presidente da Agência, Marcos Abrão Roriz.
Até o término do projeto do Residencial Real Conquista o local deverá ter nove módulos, com 2.400 casas, e uma série de estruturas que deve transformar o local em um sonho de moradia para qualquer cidadão. Ao menos é o desejo do presidente da Agehab.
No mês de agosto deste ano, a vigilante Joana D´Arc, de 47 anos, completa 6 anos que mora, com os 4 filhos, no Residencial Real Conquista. Joana, que passou por todas as etapas até chegar lá, agora deverá construir o tão desejado muro para dar segurança à família. A mulher já tem planos para ampliar a casa com a construção de uma cozinha, mas isso não é para agora.
Reportagem: Lyra Rúbia / Edição: Rafael Ceciliano