O ano letivo em quase todas as escolas do Estado de Goiás já começou. Mas em quinze unidades, as aulas este ano serão um pouco diferentes. Os alunos não ficarão apenas um período do dia na sala de aula. Nessas escolas, o ensino será de tempo integral.

O Programa se chama “Novo Futuro” e foi desenvolvido pela Secretaria de Estado da Educação em parceria com o Instituto de Co-Responsabilidade pela Educação de Pernambuco.

O projeto está em andamento, mas nem todas as escolas de tempo integral têm condições suficientes para receber a grande demanda de alunos. Uma delas é a Escola José Carlos Almeida, que fica na Região Central da capital, próximo ao Jóquei Clube.

A mãe de um aluno que estuda no local fez uma denúncia grave à Rádio 730. Segundo ela, a unidade escolar não está pronta para receber o projeto, pois está com as salas pichadas e banheiros completamente quebrados.

“Tive uma reunião e pude constatar que não tem como um adolescente ficar em uma escola daquele jeito, tem uma sala que o teto está caindo, fora as infiltrações. Está uma situação precária”, argumenta.

Preocupada com a alimentação do filho, a mãe diz que a escola não possui refeitório. “Onde esses alunos vão tomar refeição? Falaram que ia haver mudança, mas o ano letivo começou e nada foi feito”.

Os problemas na Escola José Carlos Almeida já são conhecidos da Secretaria Estadual de Educação. Segundo o coordenador do Projeto Novo Futuro, Prof. Marcelo Ferrreira da Costa, ela foi alvo de vandalismo no início do mês de janeiro. Ele garante que uma reforma na instituição será feita e o ano letivo não será prejudicado.

“É possível fazer essas adaptações com a escola funcionando. Elas são mínimas, lá haverá trabalho porque em janeiro a escola foi invadida. Estamos com uma ação rápida de recuperação para adaptação”, afirma.

Sobre o refeitório, o coordenador afirma que as salas vazias serão adaptadas. O “Novo Futuro” deve atender neste primeiro ano, cerca de oito mil estudantes nas 15 unidades selecionadas.