O presidente do PMDB e ex-candidato a prefeito de Bom Jardim de Goiás, Nailton de Oliveira, rebateu ontem as declarações feitas pelo atual prefeito, Cleudes Bernardes da Costa (PSDB), conhecido como Baré — em entrevista ao Jornal 730 1ª Edição, no último dia 31 — de que o atentado sofrido por Baré, durante o período eleitoral do ano passado, tenha ocorrido por motivação política. Na época, Baré concorria à reeleição e levou um tiro de arma calibre 12 no ombro esquerdo. “É mais um motivo de falácias que ele usou no período eleitoral. Aconteceu o fato e ele usou para ganhar as eleições em Bom Jardim, tentar acusar minha família, minha candidatura e o meu nome”, disse o peemedebista.

Nailton negou revanchismo e disse que não existe no inquérito acusação ou suspeita de que políticos estejam envolvidos. Um policial está preso e é o principal suspeito, mas de acordo com Nailton, ele não é filiado ao PMDB e nem reside em Bom Jardim. Segundo ele, o motivo seria “brigas do passado” entre o policial e Baré.

AGM
O ex-candidato critica Baré por ele ter se lançado como candidato a presidente da Agência Goiana dos Municípios (AGM) justamente quando a cidade “enfrenta dificuldades”. “Ele abandonou o município esses 30 dias simplesmente para trabalhar para ser presidente da entidade”, denuncia.

Nailton atenta também para a questão de que Baré administra Bom Jardim por força de liminar. Ele e o então candidato a vice-prefeito, Edson Alves da Silveira, foram condenados pela juíza Flávia Morais Nagato, da 35ª Zona Eleitoral, de Aragarças, por captação ilícita de sufrágio e abuso de poder. E há um parecer da Procuradoria Regional Eleitoral mantendo a decisão da Justiça de Aragarças. “Ele está disputando a eleição da AGM, mas está sob efeito de uma liminar que pode cair a qualquer hora. Como ele vai representar a entidade se tem esse grande aparato de denúncias”, disse.