As duas primeiras sessões ordinárias da câmara de vereadores de Goiânia foram marcadas pela alta presença popular nas galerias da casa, mas a postura dos visitantes preocupou os parlamentares.
Desta vez, servidores da saúde municipal foram ao plenário para pressionar a votação de um projeto de interesse deles, mas os funcionários se revoltaram com a mudança de voto de alguns vereadores e se manifestaram de forma enérgica.
A vereadora Célia Valadão (PMDB), que é a líder do prefeito na casa, afirma que chegou a se sentir agredida, já que foi xingada e uma moeda foi atirada em sua direção. “Quando há manifestações como atirar objetos e palavras que agridem a honra das pessoas. Eu me senti na obrigação de manifestar isso na tribuna. Cada um aqui espera o mínimo de respeito,” relata.
A vereadora deixa claro que não pretende privar os cidadãos de entrarem na câmara e participarem das sessões, mas opina que a postura deve seguir critérios básicos.
O presidente da Câmara, Clécio Alves (PMDB), afirma que a mesa diretora vai adotar medidas para conter este tipo de conduta. “Todos são unânimes que está extrapolando e nós precisamos limitar esse tipo de coisa. A manifestação do cidadão é legítima, até porque são os nossos patrões, mas da forma que está acontecendo aqui passa a ser desrespeitosa e ferir a honra das pessoas,” avalia. O vereador garante que será criado mecanismo para limitar este tipo de ação por parte de quem visita a casa.