O tráfico internacional de pessoas é uma das atividades criminosas mais lucrativas do mundo, movimentando cerca de U$ 32 bilhões por ano. Em reunião da Associação Comercial Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), juntamente com a OAB e a Associação Brasileira de Defesa da Mulher, foram discutidas medidas para conter o tráfico.
A presidente da Acieg, Helenir Queiroz, destacou a necessidade de se reunir cada município goiano para orientá-los sobre como enfrentar o crime, já que Goiás ocupa o 4º lugar em ocorrências de tráfico no país.
“Nós queremos fazer uma reunião com as primeiras damas, pois estamos falando de trabalho escravo. Então a entidade quer difundir no meio empresarial que Goiás tem que se livrar deste estigma de ter sido um dos estados com maior volume de tráfico de pessoas”, relata.
A presidente da associação brasileira de defesa da mulher, Dalila Figueiredo, apontou a necessidade da criação de políticas públicas nos municípios que não possuem muita orientação social. “É um crime extremamente complexo, multifacetado, que requer a contribuição de todos, para que se elaborem políticas públicas que sejam capazes de chegar aos municípios mais distantes, onde tem pouco capital social e humano”, explica.
A conselheira da OAB Goiás, Ludmila Torres, demonstrou como a Organização vai atuar para combater o crime de tráfico de pessoas no estado. “Através do advogado, a gente quer envolver a sociedade, e a OAB tem que cumprir esse papel, para levar a política de enfretamento ao tráfico de pessoas, sendo um mensageiro entre a sociedade, o traficado e o pode público”.
Todo ano, o tráfico de pessoas gera mais de dois milhões de vítimas em todo mundo. Estima-se que atualmente, uma média de 75 mil brasileiros estejam em situação de tráfico, principalmente a de exploração sexual, e na sua maioria são mulheres.