O ditado diz: “Não há mal que perdure, não há dor que não se cure”, correto? Não para o torcedor colorado, não para o Vila Nova. Quando tudo está ruim, a beira do abismo, surge um empurrão que pode piorar tudo. E foi assim em Aparecida de Goiânia. No Aníbal Batista de Toledo, sem dó, nem piedade, a Aparecidense massacrou o Vila Nova por 5 a 0, e fez o time colorado ficar praticamente sem chances de classificação para o G4.
Desde o início, tudo só tinha como dar errado: o pagamento dos salários atrasados foi parcial e alguns jogadores não teriam recebido. Dentro de campo, uma vergonha: Guilherme fez dois, Washington, Tiago Cavalcanti e Raphael Luz fizeram os demais, e o Vila aceitou a todo momento.
O Jogo
A crise colorada já dava indícios do que seriam os primeiros minutos de jogo no Aníbal Batista de Toledo. Quando o juiz autorizou o início do jogo, isso passou a ser uma certeza. Desmotivado em campo e sem reação, o Vila assistiu a Aparecidense jogar e com 12 minutos, já perdia de 2 a 0. Aos nove, o Camaleão marcou o primeiro: Guilherme foi lançado, o estreante Victor Salinas e o goleiro Vinícius bateram cabeça, o atacante deu uma meia-lua no goleiro e, com o gol vazio, balançou as redes.
O segundo veio aos 12min: na ponta esquerda, Anderson Paim fez o toque para Washington, que limpou Diego Paulista e disparou uma bomba de longe. A bola parecia defensável, mas Vinícius deixou passar e o 2 a 0 se concretizou. O time de Aparecida poderia ter aumentado aos 19, quando Abuda, da marca do pênalti, livre, chutou de canhota e ela passou raspando a trave direita.
O Vila estava estático, sem reação, e os jogadores aceitavam o domínio da mesma forma que uma presa é devorada pelo seu predador. E o predador estava insaciável. Aos 35, quando a torcida do Camaleão iniciou os gritos de “olé”, os jogadores da Aparecidense ficaram tocando a bola por mais de um minuto, e na conclusão, Renato Xavier serviu Guilherme, que na cara do gol mostrou a calma que falta ao Vila e fez o terceiro. Guilherme, o melhor da etapa inicial, ainda teve duas chances, aos 38 e aos 44, mas errou as finalizações.
2º tempo
Com Hyantony no lugar do jovem Wanderson, o Vila até tentou demonstrar mais vontade no inicio do jogo, mas totalmente desmotivado, jogando apenas por protocolo. A Aparecidense até diminuiu o ritmo, mas mesmo que não quisesse, teria aumentado o placar, tamanha a facilidade. E aumentou. Aos 18 minutos, Eduardo Arroz, livre como sempre esteve durante a partida, cruzou no 2º pau e Raphael Luz, nas costas de Chiquinho, completou de canhota para marcar o quarto.
A partir daí, a Aparecidense parecia se poupar, já pensando no jogo do próximo domingo, contra o Goiás, novamente no Aníbal, tanto é que Guilherme, Raphael Luz e Eduardo Arroz, destaques do time no jogo, foram substituídos. Diego Lyra, um dos que entraram, quase fez o quinto aos 21, e seria um golaço, mas ele tentou encobrir Vinícius e a bola passou por cima.
Antecipando a Páscoa, no domingo, o chocolate foi ainda maior aos 35 minutos do 2º tempo. Após cobrança de falta pela direita, Tiago Cavalcanti, outro que entrou na partida na etapa final, completou para as redes e fez a casa colorada cair de vez.
FICHA TÉCNICA
APARECIDENSE 5 X 0 VILA NOVA
Local: Estádio Anibal Batista de Toledo, em Aparecida de Goiânia
Data: 27/03/2013
Horário: 20h30
Árbitro: André Luiz Castro
Assistentes: João Patrício e Joaquim André
Público e Renda: R$25.797,00 / 2.115 pagantes
Cartão Amarelo: Cláudio (VNA)
GOLS: Guilherme 9′ 1T (1-0) ; Washington 12′ 1T (2-0) ; Guilherme 35′ 1T (3-0); Raphael Luz 18′ 2T (4-0), Tiago Cavalcanti 35′ 2T (5-0)
APARECIDENSE: Pedro Henrique; Eduardo Arroz (Robert), Murilo, Helder, Jefferson e Anderson Paim; Renato Xavier, Abuda, Raphael Luz (Diego Lyra) e Washington; Guilherme (Tiago Cavalcanti)
Técnico: Wladimir Araújo
VILA NOVA: Vinicius; Wanderson, Rafael, Victor Salinas e Ernani (Alan); Cláudio, Chiquinho, Diego Paulista (Alexandre Carioca) e Diego Barboza; Elcimar e Marco Aurélio
Técnico: Hermógenes Neto (interino)