A cidade virou palco das campanhas eleitorais antecipadas e o fato é compartilhado pelos mais diferentes partidos. A meta é encher os bolsos deles e a paciência nossa.
{mp3}stories/audio/2013/Abril/A_CIDADE_E_O_FATO__19_04{/mp3}
Numa avenida tem a tropa da esquerda recolhendo assinaturas para registrar a Rede, enquanto os do PSol tentam filiar uns gatos pingados dizendo que os outros são ratos expurgados.
Noutra esquina está o mutirão da prefeitura, com obras e serviços.
O grupo ali na frente é o do Governo Itinerante, com mais obras e mais serviços.
Aqueles engravatados ali são parlamentares correndo atrás de prefeitos em troca de emendas ou engrossando caravana atrás de poder.
Os desanimados que rastejam de pires vazio e bolsos cheios são os suplentes querendo cargo, e os que têm cargo querendo dinheiro e a verdade é que todos eles têm cargo e têm dinheiro.
Enfim, está difícil a vida. Se ficar em casa morre de tédio ou tem de enfrentar ladrão. Se sair de casa é assaltado ou corre risco ainda maior, o de cruzar com os políticos por aí, eles pedindo adesão, você pedindo a Deus para que eles passem longe.
Ficou tão difícil a vida que até o secretário de Planejamento, Giuseppe Vecci, está zanzando em busca de voto. Vecci participou do Governo Itinerante como se fosse um secretário qualquer. Não é um qualquer. Ele é o secretário que atrapalha os demais e que atrasa a vida dos goianos.
Péssima forma de começar o dia é ver perto de casa um desses movimentos espalhando promessas pela vizinhança. A vítima olha para os quatro lados, não tem alternativa, o jeito é passar pelo grupo e tomar muito cuidado para não pisar numa ideia de político.