A cidade convive com milhares de casas bancárias e o fato é ruim por um lado e bom por outro. Ruim pelo lado de quem pega dinheiro emprestado e bom pelo lado de quem empresta. Goiânia tem uns 20 mil agiotas, entre os estabelecidos e os informais, todos eles com pacto direto com o diabo. Se o demônio tivesse uma profissão, seu ofício seria a agiotagem.
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Para aliviar os efeitos dos juros extorsivos, os governos fazem acordo com os bancos para o crédito consignado. Funciona assim: o banco cobra juros menores porque tem a certeza de que vai receber e o governo desconta no pagamento do servidor a parcela do empréstimo. Grande parte dos servidores está comprometida até a raiz do cabelo. Devem a agiotas informais e ao crédito consignado, além dos carnês das lojas.
A Rádio 730 e o portal730.com.br começam a semana dando mais uma notícia ruim para servidores da ativa, aposentados e pensionistas. O governo quer uma empresa para controlar a margem de consignação dos empréstimos. E, novamente, esbarrou na ladroagem das licitações.
A reportagem completa sobre a tentativa de roubalheira está no portal 730. Lá, o servidor fica sabendo que todos os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado notaram a farsa no edital de contratação. É claro que tem o dedo do secretário de Gestão e Planejamento, Giuseppe Vecci.
Para os integrantes do TCE, existem falhas, impropriedades e excessos no edital. Ou seja, é cheiro de coisa ruim. Não é a primeira vez que o edital é suspenso e chamado de obscuro e omisso. O público reclama. A associação de bancos reclama. Só quem não reclama é o Vecci.
Enquanto isso, os servidores se atolam nos juros altos. E o governo jura que isso não é com ele.