Em protesto por falta de estrutura e de professores, estudantes, professores e técnicos-administrativos de cinco unidades da Universidade Estadual de Goiás (UEG) entraram em greve. Eles cobram também finalização do concurso público para suprir a falta de professores e acabar com os contratos temporários. Atualmente, existem na UEG 2.133 professores, sendo 1.317 temporários, o que corresponde a 61% do total.
Outras unidades ainda não decidiram se vão aderir à paralização. Uma assembleia realizada na quinta-feira (25) optou pela greve. Um grupo de alunos, professores e técnicos-administrativos, denominado Mobiliza UEG, organiza o movimento.
O presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Edergênio Vieira, disse que outra reivindicação é a equiparação dos salários dos professores concursados aos dos servidores temporários e também os efetivos. Além disso, os professores pedem reposição salarial acima da inflação e que haja correção salarial. “Com relação à falta dos estudantes é a implementação de uma política republicana de assistência estudantil, que contemple restaurante universitário, moradia estudantil e a concessão de mais bolsas permanentes”.
Ainda de acordo com ele, os servidores técnicos-administrativos também cobram reajuste salarial e realização de um concurso público. A pauta que unifica todos os grupos é a reforma estrutural na UEG, que Edgênio caracteriza com “caindo aos pedaços”.
Edergênio destaca que a paralisação só não é total devido ao quadro de servidores ser composto em sua maioria por temporários. “Esse fato da universidade ser composta pela maioria de servidores temporários acaba de certa forma enfraquecendo a articulação desse movimento. Poderia ser um movimento no qual deveria parar as 41 unidades da UEG”, disse.
“Sonhar não custa nada. Mas não adianta nada ficar olhando para o céu com muita fé e pouca luta. Precisa ir pra rua, precisa protestar”, conclui.