Mastectomia preventiva. Este é o nome dado para a cirurgia de retirada das mamas que foi realizada pela atriz de Hollywood Angelina Jolie. No caso da artista, antes da operação, um exame chamado BRCA1 foi feito para detectar algum defeito no gene, o que poderia levar a um posterior câncer de mama. Mas o processo não é tão fácil assim. Nos EUA a realização do exame custa cerca de U$ três mil.
E aqui no Brasil? Será que o procedimento é o mesmo? O presidente da Sociedade Goiana de Mastologia, doutor Juarez Antônio de Sousa, explica que para realização do exame e cirurgia, a mulher precisa saber se existe um histórico de câncer de mama na família. “A mulher deve ter dois ou mais casos de câncer de mama na família. Existe um teste genético chamado BRCA1 e BRCA2, que não é feito aqui em Goiânia, só em São Paulo, que custa aqui no Brasil cerca de U$ quatro mil (em torno de R$ oito mil). Se der positivo, a paciente vai ter 85% a 87% de chances de ter câncer de mama. É feita então a mastectomia profiláctica, que é a retirada de mamas e a colocação de prótese bilateral”, explica.
A realização do exame não é custeada pelo Sistema Único de Saúde. Já a cirurgia para retirada das mamas tem cobertura tanto de planos de saúde quanto do SUS.
De acordo com o presidente Juarez Antônio, além da realização da cirurgia, que reduz em mais de 80% o surgimento do câncer, a paciente também pode tomar um remédio chamado Tamoxi Feno, que reduzem em 50% as chances de desenvolvimento do câncer de mama.
No Brasil, o genérico do Tamoxi Feno custa cerca de R$ 25,00. O original custa mais de R$ 100,00. A cirurgia dura em torno de três a quatro horas, com um repouso de cerca de 90 dias de duração.