O Comitê Organizador Local (COL) classificou o evento-teste deste domingo (02.06) no Maracanã como o melhor realizado nas seis sedes da Copa das Confederações, pela quantidade de áreas testadas. O palco do Rio de Janeiro para a competição teve 16 serviços checados durante o amistoso entre Brasil e Inglaterra, último evento do tipo realizado nas arenas que receberão o torneio que se inicia no dia 15 de junho.

“O que faz a gente sentir que foi bem é a questão de estarmos mais prontos nesse evento para testar mais coisas. No Mineirão, em Belo Horizonte, por exemplo, não pude usar o estacionamento da UFMG que será usado na Copa das Confederações. Aqui a gente pôde usar o da Uerj. Testamos mais coisas, não que o estádio de lá seja melhor ou pior. Por isso, para nós foi o melhor teste, porque vimos como vão ser mais áreas como na Copa das Confederações”, explicou Ricardo Trade, CEO do Comitê, que acrescentou que alguns detalhes ainda podem ser aperfeiçoados.

“Claro que ainda tem detalhes e o teste serve para isso. O detalhe que procuramos é prestar o melhor serviço possível para os espectadores, a imprensa e os atletas, que receberam gramado, vestiário com qualidade, já testamos algumas operações dentro do campo. Acho que é afunilar para termos mais qualidade em cada um dos detalhes que a gente quer, mas não tem nada que você possa dizer que não funcionou”, afirmou Trade, que destacou a integração entre os órgão públicos, o operador do estádio, a FIFA e o COL como o ponto mais positivo.

A integração foi gerenciada desde o Centro de Comando e Controle da Arena, como exemplificou Tiago Paes, gerente de operações do COL. “Coisas que não aparecem para a imprensa, mas estávamos todos no centro de comando olhando pelas câmeras, vendo as filas e tivemos um problema em uma catraca na Rampa D da entrada Bellini. Foi um problema mecânico, na hora da vazão, aconteceu, normal. Fizemos a comunicação e procedemos com a abertura dos ingressos manual. Abortamos a operação eletrônica e funcionou muito bem”, disse.

Outra área que mereceu observação do gerente do COL foi o acesso dos torcedores pela rampa da Uerj, que liga o metrô ao estádio. “Algumas pessoas, até amigos, relataram que nunca foram de metrô ao estádio e que funcionou. A rampa do metrô do Maracanã era uma preocupação nossa em relação à fila, se começava a subir para a rampa, mas isso não aconteceu”, disse Paes. O COL ainda fará uma avaliação mais minuciosa junto aos responsáveis pelo metrô para discutir a vazão das pessoas após os eventos. “Na saída o fluxo é de uma só vez, na chegada o fluxo é dividido em várias horas. Vamos sentar com o metrô para ver a vazão, qual o fluxo nos modais públicos, mas o fluxo nos portões e rampas do Maracanã continuará igual”.

Ainda inacabado

Assim como já havia sido demonstrado no evento-teste realizado no Estádio Nacional, em Brasília, no jogo entre Santos e Flamengo, o estádio do Maracanã também demonstrou falhas de acabamento na parte interna e uma cara de obra inacabada na parte externa. Com muito entulho acumulado, maquinas ao redor da praça esportiva e até algumas áreas que atrapalhavam a acessibilidade, o Maracanã também demonstrou que ainda não foi concluído, algo que foi visto até mesmo por alguns torcedores, que usaram as redes sociais para mostrar algumas fotos, comprovando a situação.