Policiais civis de Itumbiara e Morrinhos prenderam na noite desta terça-feira (4) Gilson Ferreira, de 47 anos, suspeito de vender clandestinamente medicamentos proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), dentre eles abortivos, estimulantes sexuais, emagrecedores e alguns conhecidos como rebite.

A polícia encontrou em poder do suspeito 8.310 comprimidos. Os medicamentos estavam escondidos embaixo da cama de Gilson, em sua residência, no Setor Aeroporto, em Morrinhos. Os produtos ilícitos eram adquiridos em Foz do Iguaçu, no Paraná, na divisa com o Paraguai. Gilson já tem passagem por receptação.

Também foram encontrados R$ 6.402 dentro de um armário. Segundo a PC, o valor é proveniente da venda de medicamentos, já que o suspeito não desempenha atividade formal.

As investigações começaram há dois meses. Segundo a PC, Gilson é suspeito de vender os medicamentos em Morrinhos e ainda fornecer para pessoas que atuam no mercado ilícito da venda desses medicamentos em feiras livres e shoppings populares de importados de Goiânia.

O delegado Ricardo Chueire, responsável pela prisão, afirmou que durante as investigações a PC fez campana nas imediações da residência de Gilson e percebeu grande movimentação. “Ele saía a toda hora com sacolinhas, dando a entender que fazia entregas em sua motocicleta”, disse. De acordo com Ricardo, Gilson vendia esse tipo de medicamento há aproximadamente dois anos.

Dentre os medicamentos apreendidos está o Cytotec, princípio ativo Misoprostol, usado para tratar úlcera gástrica, mas que tem sua finalidade desviada para a realização de abortos clandestinos. A venda é proibida ao público pela Anvisa. Também foram encontradas cápsulas de Anfetamina Desobesi-M, princípio Femproporex, utilizado como emagrecedor. Como o princípio ativo não consta na Portaria 344 da Anvisa, ele é caracterizado como droga ilícita no Brasil e sua venda ou mesmo posse resulta no crime de tráfico de drogas.

Gilson será autuado por tráfico de drogas e pode pegar pena de 5 a 15 anos de reclusão, e pelo crime contra a saúde pública, que tem pena de 10 a 15 anos de reclusão. Ele será encaminhado nesta quarta-feira (5) para o presídio de Morrinhos.