Senadores do DEM afirmaram que a decisão do Superior Tribunal de Justiça de acatar prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido) não traz danos à imagem da legenda. Apesar de Arruda ter sido o único governador do DEM eleito nas eleições de 2006, líderes democratas afirmam que o partido já havia determinado o seu afastamento em meio à crise, decisão que se antecipou à Justiça.


De acordo com o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN) o seu partido foi a primeira instituição a se posicionar diante das denuncias e levou o governador a se desfiliar. Para o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), o partido cumpriu a sua parte ao afastar Arruda dos seus quadros. Heráclito reconheceu, porém, que o DEM vai ter que pagar o pecado de ser o partido do governador no momento em que as denúncias surgiram no Distrito Federal.

Já para o senador Pedro Simon (PMDB-RS), a decisão do STJ de prender Arruda deve ser o marco do fim da impunidade no Brasil. Segundo Simon, o Brasil inteiro acha que o lugar do seu Arruda é na cadeia. E para o deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), a decisão do STJ “lava a alma” da população do Distrito Federal.

A Executiva Nacional do DEM determinou que seus filiados deixem os cargos que ocupam no governo de José Roberto Arruda, no Distrito Federal. Segundo a legenda, os filiados que não cumprirem a determinação sofrerão sanções disciplinares previstas no estatuto do partido. Segundo o partido, a determinação não vale para o vice-governador Paulo Octávio, já que ele foi eleito.