Ele tem apenas 26 anos e segue o rumo da renovação da Seleção Brasileira. Nem por isso, deixa de ser um dos líderes da Amarelinha. David Luiz é assim, bem instruído, de fala fácil, com boas ideias, um líder dentro de um grupo que conta com poucos atletas experientes. O defensor revela qual seu pensamento sobre essa situação e como tenta ajudar outros atletas mais retraídos.

“Todo mundo tem sua forma de liderança dentro da equpe e tem liberdade para expresssar suas opiniões. Eu sou assim na vida pessoal também, muito sincero e sempre demonstro aquilo que penso nas minhas opiniões. Procuro sempre incentivar alguns companheiros que podem ser mais tímidos que eu e mostrar que eles também podem opinar”

David Luiz pouco jogou no futebol brasileiro, foi revelado pelo Vitória e lá ficou até 2007, quando se transferiu para o Benfica-POR. Curiosamente, o jogador não começou a carreira como zagueiro no time baiano, e sim como volante, algo que voltou à tona no Chelsea e na Seleção Brasileira, com o técnico Luiz Felipe Scolari testando o atleta na posição nos treinamentos. Para essa partida contra o México, David se mantém na defesa e espera mais uma boa atuação contra o carrasco brasileiro.

DavidLuiz treino“O passado se fala mais em números, o que a gente tem hoje é que vamos enfrentar um adversário por tudo ou nada, que se vencermos, podemos dar um passo grande dentro da competição. Se trata de um jogo decisivo em um campeonato de tiro curto. Temos que ganhar, essa é uma vontade, claro que se não der tem mais uma possibilidade, mas é contra um adversário mais qualificado, tradicional no mundo do futebol, tetracampão do Mundo (Itália), enfim, vamos tentar vencer um jogo decisivo”

Até por ter jogado pouco no Brasil, David Luiz ainda está se acostumando com o carinho do torcedor, principalmente o nordestino, que apoiará a Seleção nesta quarta-feira contra o México, às 16h, no Castelão, em Fortaleza. O jogador aproveitou para fazer uma associação nesse “movimento popular”: mostrou felicidade pelo carinho dado no treino da última segunda-feira em Fortaleza e demonstrou preocupação pelas manifestações no país, mas apenas as violentas.

“Ficamos felizes quando a manifestação em campo foi positiva, uma festa e a gente sente o torcedor com a gente. Fora de campo eu não me posiciono, o brasileiro tem direito de protestar, de pedir o melhor para ele, mas nós jogadores não ficamos felizes quando acontece algumas situações como de violência, essas coisas. A gente faz o nosso trabalho, mas claro que não deixa de ter um coração”