Ele está de volta e com mais vontade do que nunca. René Simões, pessoa culta, de fala fácil, retorna ao Atlético para continuar um trabalho interrompido há dois anos, quando acabou demitido do clube. Demitido também da função executiva que exercia no Vasco da Gama, o treinador precisou ser convencido ao campo de jogo para comandar, e quem conseguiu isso foi o diretor de futebol Adson Batista, que fez questão de apresentar o novo técnico.
“É com muita satisfação que a gente está apresentando o René Simões, profissional que, para mim, é uma referência no futebol brasileiro, pessoa culta e que, além do grande treinador que a gente acredita que é, é muito preparado e abrange todos os setores do clube. Sei que ele será uma referência para o Atlético na busca de seus objetivos, que é voltar à Série A. Não é só ele, nós temos que fazer nossa parte e reforçar o elenco, porque ele não é milagreiro”
René Simões se mostrou muito feliz por voltar ao Atlético e explicou que deixou de aceitar uma proposta que, financeiramente, era o dobro da oferecida pelo Atlético. Ela veio da Arábia Saudita, mas a sua família o impediu de aceitar. Outra proposta, da Série A, também chegou, mas o carinho e relacionamento com o Atlético pesou, assim como a liberdade de poder flutuar nos setores do clube. De volta ao Dragão, René será o “multiuso”.
“Fico feliz, é até um conselho que eu dou ao mais jovens: quando você entra em uma empresa não faça só o seu serviço, procure conhecer toda a empresa, todo o serviço, pode ser que um dia você seja o presidente e terá que conhecer todos os setores. Hoje me sinto muito à vontade para fazer o meu trabalho e entender o trabalho do Adson, e tentar ajudar no trabalho do Adson”
A grande questão que agora ronda o Atlético é quanto aos recursos financeiros que o clube terá para contratar, já que, como Adson Batista afirmou, René não é nenhum “milagreiro”. O novo comandante explicou que o mercado de transferências está complicado e cogitou procurar jogadores de fora do país, assim como chegou a fazer no Vasco, ao contratar o peruano Yotún.
“Eu trabalhei com um momento financeiro dificílimo. Está difícil o mercado, tá difícil você achar, bons jogadores não se acha com facilidade. Tem até o mercado sul-americano que está te dando jogadores com qualidade. A gente tem que dar uma olhada no mercado todo, dentro da realidade do clube e como o Adson falou, qualificar o elenco”