Médicos de todo o Brasil se reuniram para uma passeata que foi realizada nesta quarta-feira (3) em cada capital do país. Em Goiânia, médicos, presidentes de Conselhos e Associações Médicas, além de estudantes de medicina protestaram contra a importação de médicos do exterior e a favor da sanção sem vetos do projeto de lei que regulamenta o exercício da medicina no Brasil. A passeata teve início na sede do Conselho Regional de Medicina de Goiás (CREMEGO) e foi em direção ao HGG (Hospital Geral de Goiânia).

O presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, relatou que faltam investimentos por parte do governo federal sobre as estruturas nas unidades de saúde nos interiores, o que não estimularia a ida dos médicos brasileiros para essas regiões.

“O Brasil tem um número de médicos suficiente e isso está mal distribuído. Não porque o médico não quer ir para o interior, e sim porque não existem condições adequadas para o exercício da medicina nas pequenas cidades. Faltam raios-x, laboratórios, centros cirúrgicos, agência transfusional, e condições básicas para exercer bem a medicina. Para assistir o paciente morrer sem poder trata-lo é extremamente estressante para o médico. Falta um plano de carreira para o médico, além de salários adequados que motivem o profissional”, revela.

De acordo com o presidente em exercício do Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego), Rafael Cardozo, a classe médica não é contra médicos que vêm de outros países, e que a única reivindicação imposta é que o diploma do profissional seja revalidado no Brasil.