A partida prometia muito, mas tudo que aconteceu foi além do que se poderia imaginar na Arena Independência. O Atlético, que precisava vencer o Newells Old Boys, conseguiu repetir o placar a favor dos argentinos (2 x 0) no primeiro jogo, e com isso, a disputa foi para os pênaltis. Lá, brilhou a estrela do goleiro Victor, que mais uma vez, salvou o Galo e colocou o time em sua primeira decisão de Copa Libertadores de América.

A pressão no Horto foi algo incrível antes mesmo do apito inicial do juiz. Quando apitou, o Galo fez uma verdadeira blitz, que fez a diferença logo aos três minutos, quando Ronaldinho deu passe açucarado para Bernard invadir a área e bater por entre as pernas do goleiro Guzman. O Newells também assustou, em chegada perigosa de Maxi Rodriguez e boa defesa de Victor.

Na primeira etapa, Bernard ainda quase marcou o segundo, em chute que desviou na defesa e Guzman salvou. O Galo ainda sairia para o intervalo reclamando muito do árbitro da partida, o uruguaio Roberto Silveira, que deixou de marcar dois pênaltis para o time mineiro, um em cima de Tardelli e outro em cima de Jô, já no final da etapa inicial.

No segundo tempo, a mesma blitz do início do jogo não funcionou e os argentinos conseguiram controlar a partida, até que, como uma “luz divina”, a energia em um dos refletores da Arena Independência foi se apagando, sozinha, quando marcavam 33 minutos do 2º tempo. Depois de uma paralisação de pouco mais de 10 minutos, o jogo retomou e o Galo foi outro, mais incisivo, mas ainda faltavam duas coisas.

A primeira foi a estrela do técnico Cuca, que já não é mais o azarado de antes. Ele colocou em campo Guilherme e Alecssandro nas vagas de Tardelli e Bernard, que estavam bem no jogo. A torcida ensaiou o coro de burro, mas parou poucos minutos depois. Aos 50 minutos, Guilherme pegou sobra do zagueiro argentino e de fora da área, disparou um torpedo, sem chance para Guzman, que explodiu o Horto. O jogo caminhou com o mesmo resultado, direto para os pênaltis.

Aí, brilhou a segunda estrela: a do goleiro Victor, que já havia salvado o Atlético contra o Tijuana e voltou a salvar. Richarlyson e Jô desperdiçaram, mas Casco e Cruzado, pelo lado argentino, também. Na última cobrança de cada lado, Ronaldinho Gaúcho bateu com categoria e fez, enquanto o craque do time argentino, Maxi Rodriguez, bateu no canto esquerdo e viu Victor voar para espalmar e iniciar uma festa emocionante, aos gritos tradicionais de que “caiu no Horto, tá morto”.

FICHA TÉCNICA:

ATLÉTICO-MG 2 (3) X (2) 0 NEWELL’S OLD BOYS

Local: Independência, Belo Horizonte (MG)

Data/Hora: 10/7/2013 – 21h50h (de Brasília)

Árbitro: Roberto Silvera (URU)

Auxiliares: Miguel A. Nievas e Carlos Pastorino (URU)

GOLS: Bernard, 3’1ºT (1-0), Guilherme, 50’2ºT (2-0)

Cartões amarelos: Pierre, Bernard (CAM), Cáceres, Casco e Tonso (NEW)

 

ATLÉTICO-MG: Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Gilberto Silva e Richarlyson; Pierre (Luan, 31’2ºT) e Leandro Donizete; Diego Tardelli (Alecsandro, 46’2ºT), Ronaldinho e Bernard (Guilherme, 46’2ºT); Jô – Técnico: Cuca

NEWELL’S OLD BOYS: Guzmán, Cáceres (Orzán, 54’2ºT), Vergini, Heinze (López, 25’1ºT) e Casco; Mateo, Bernardi e Cruzado; Figueroa (Tonso, 27’2ºT), Maxi Rodríguez e Scocco – Técnico: Gerardo Martino.