O grupo de trabalho que fará estudos técnicos sobre o serviço de transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia teve a indicação de oito nomes e a primeira reunião está marcada para a tarde desta quinta-feira (25). O Grupo vai levantar informações e apontar soluções especialmente sobre a questão da tarifa de ônibus.
As empresas alegam que, desde a redução do valor de RS 3,00 para R$ 2,70, enfrentam prejuízos e defendem a volta do aumento ou que o poder público conceda subsídios. A questão do passe livre estudantil também será analisada com base nas planilhas de custos das empresas, que devem ser apresentadas pela primeira vez, desde o último contrato, em 2008.
Um dos membros do grupo, superintendente de Juventude da Secretaria de Articulação Institucional, Leonardo Felipe, explica qual será o trabalho realizado.
“Este grupo de trabalho está sendo criado para um projeto amplo, tanto para discussão dos critérios do custeio do transporte coletivo quanto da planilha relativa ao passe livre estudantil. No que se refere ao passe livre estudantil, que a matéria afeta a Secretaria de Articulação Institucional, nós temos a expectativa de entrar em um acordo com as prefeituras de Senador Canedo, de Aparecida de Goiânia e de Goianira, que ainda questionam a questão do custeio apesar de não serem contra o passe livre enquanto conceito de política pública. Então nós estamos com a determinação do governador Marconi de chegarmos a um consenso com as prefeituras”.
Fazem parte do grupo de trabalho o secretário de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia, Eduardo Zaratz, que preside a CDTC; Julio César Costa, engenheiro e superintendente de Ação e Mobilidade Metropolitana da secretaria; o superintendente da Juventude da Secretaria Estadual de Articulação Institucional, Leonardo Felipe.
Pela prefeitura de Goiânia foram encaminhados os nomes dos técnicos da Companhia Municipal de Transporte Coletivo (CMTC) Spiro Katopódis e Wanderlei de Oliveira Melo. A prefeitura de Aparecida de Goiânia designou o secretário de Finanças, Carlos Eduardo Rodrigues. Representando as empresas foi confirmado o nome do economista Milton Guedes, do Setransp.
Leonardo Felipe comenta ainda sobre a importância da análise das planilhas de custos das empresas responsáveis pelo transporte coletivo.
“Tanto para as prefeituras quanto para o Estado e empresas é extremamente necessário que todas as planilhas de custos sejam cada vez mais transparentes. E dentro do conceito transparência está a devida publicação porque é um serviço público. Nessa perspectiva temos a intenção de fazer essa medida entre o que é o custo que o cidadão efetivamente paga e o que é o equilíbrio econômico das empresas. Se for comprovada a argumentação que as empresas estão apresentando de que há desproporcionalidade entre o que está sendo gasto com o que está sendo cobrado, é evidente que teremos que fazer estudos para que haja a readequação econômica que é prevista dentro da lei”.