Muita gente diz que, quando se cria muita expectativa para cima do Vila Nova, quando a torcida comparece em peso e apoia, o time decepciona. Foi assim que aconteceu contra o Betim, no último domingo, quando o time poderia dar um presente de aniversário para o clube, que fez 70 anos na segunda-feira. Foi assim também no ano passado, também antes de um aniversário, contra o Tupi-MG, em outro empate por 0 a 0.
Até por ter repetido a mesma história que na última temporada, a incerteza atingiu a torcida e o clube: esse time poderia decepcionar como o da última temporada, e não conquistar o acesso? O zagueiro Neto Gáucho, xerife da defesa colorada, garante que isso não acontecerá, até porque o grupo é outro e tem tranquilidade para seguir bem na competição.
“Não, isso é passado. É um grupo totalmente novo, a gente não tem nada a ver com essa história recente, é passado. A gente tem que ir somando pontos e isso nós estamos conseguindo, sabemos da qualidade dos nossos adversários, esse ganha e perde, mas é ter cabeça no lugar e tranquilidade, saber que aqui não é o time a ser batido. Com a ajuda de todos, com apoio de todos, sem vaidade e com muita humildade, podemos chegar lá na frente, sempre com um passo de cada vez”
Mas o grande questionamento que fica é: os tropeços no Serra Dourada, com a presença da torcida, vão continuar? O zagueiro colorado sabe que a competição é muito equilibrada, mas vê que o Vila está no caminho certo, com um grupo consciente das qualidades e dos limites que o time tem. Até por isso, o xerifão não vê como “desperdício” os pontos perdidos para o Betim, por exemplo.
“Não desperdiçando, a gente sabe da dificuldade, acho difícil uma equipe ganhar todas as partidas em casa, nosso intuito era esse, mas a gente sabe da dificuldade. Do mesmo modo que a gente vai fora e busca uma vitória, os adversários vem no Serra tentando vencer. Tem que manter a tranquilidade, a gente sabe que o time tem qualidade, é um grupo bom, que vai evoluindo e não adianta nos empolgarmos com as vitórias e nos abatermos com as derrotas, tem que ter um meio termo e isso estamos tendo”