A primeira matéria apreciada e votada pelos vereadores de Goiânia no segundo semestre, depois do recesso do meio do ano, foi o requerimento que prorroga os trabalhos da Comissão Especial de Inquérito, CEI, da AMMA, Agência Municipal do Meio Ambiente. Por 32 votos a zero, os sete membros terão mais quatro meses para ouvir envolvidos e testemunhas para apresentar um relatório final sobre o possível esquema de venda de licenças e pagamento de propinas no órgão.
Até agora, depois de quatro meses, apenas uma pessoa foi ouvida. O presidente da CEI, vereador Izídio Alves, do PMDB, explica que a próxima reunião já está marcada para a próxima terça-feira e que os trabalhos serão intensificados, com três encontros por semana. “A gente agora espera as oitivas que vão acontecer na terça, quarta e quinta-feira às 14 horas. Eu espero que as pessoas que foram convocadas compareçam para dar esclarecimentos ou fazer alguma indagação. Eu espero que a CEI atinja o anseio da sociedade,” disse.
O relator da Comissão, Tayrone Di Martino, do PT, afirma que a prorrogação era mesmo necessária, mas que a CEI da AMMA ainda precisa de mais estrutura técnica para a elaboração do relatório. “A gente precisa não só de prorrogar a CEI, mas precisamos de um apoio técnico e jurídico. Nós não podemos terminara um relatório sem a conclusão de dados criteriosos e sérios. Como relator eu fico muito preocupado com isto, pois não quero cometer injustiça”.
A única representante da oposição na CEI, Cristina Lopes, do PSDB, analisa que, mesmo com mais reuniões por semana, todo o novo prazo de 120 dias deve ser utilizado pela Comissão. “Eu acredito que sim porque nós fizemos uma solicitação através de requerimento de uma comissão jurídica e de uma comissão técnica para fazer as avalições dos terrenos onde estão os empreendimentos que mais geram conflito,” considera.
Ao todo, cerda de 11 onze pessoas ainda devem ser ouvidas pela CEI da Amma.
