A última sessão da Comissão Mista da Câmara de Vereadores de Goiânia não foi marcada apenas pela apresentação de números por parte do prefeito, Paulo Garcia (PT). O gestor aproveitou a oportunidade para alfinetar a gestão do governador do Estado, Marconi Perillo (PSDB).

A principal crítica foi feita em relação aos seguidos empréstimos contraídos pelo Estado e que segundo ele, caracterizam uma política perigosa. O prefeito defende a austeridade nas administrações públicas e teme pelo próximo governador, que segundo Paulo, não fará outra coisa, que não seja pagar servidores e a conta dos empréstimos. “O Estado busca todos os dias empréstimos externos. Isso é extremamente perigoso. Isso é que nos faz pensar que essa opção administrativa de endividamento máximo que nos faz pensar o que será das futuras gerações e dos futuros gestores? Só vai pagar folha e empréstimo, não vai ter dinheiro para mais nada. No município de Goiânia nós não fizemos isso. Nós estamos trabalhando com austeridade,” compara.

Outra crítica feita pelo prefeito, esta mais velada, é em relação aos gastos estaduais com propaganda. Sem deixar claro a quem se referia. “Nós gastamos muito pouco com propaganda. Outro dia eu ouvi alguém me criticando que eu não apareço, que eu sou um prefeito sumido, que não aparece o que eu estou fazendo. É por não gastar milhões em propaganda. Parece que outros não, que fazem opção por propagandear até mais do que fazem,” ironiza.

As afirmações de Paulo Garcia indignaram os vereadores de oposição, principalmente Geovani Antônio (PSDB), do mesmo partido do governador, que não pôde responder ao prefeito no plenário da Câmara.

Ao fim de prestação de contas, em entrevista, o petista preferiu desconversar sobre as críticas feitas. “Eu não acredito que tenha provocado. Eu não critiquei. Eu fiz uma comparação entre dois modelos de gestão, que são diferentes. Qualquer pessoa nesse país sabe que o PT e seus partidos aliados tem uma forma diferente do PSDB. Isto é notório, eu não preciso dizer,” diz.