Depois de recuar da renúncia que já havia comunicado às lideranças do DEM, Paulo Octávio decidiu requerer sua desfiliação do partido. Ele informou Agripino Maia, líder do DEM no Senado, o que apresentará o pedido de desfiliação até segunda-feira. Paulo Octávio imita o governador José Roberto Arruda, preso há uma semana.

Ele deixa a legenda para evitar o constrangimento de uma expulsão. O pedido de expurgo seria protocolado na próxima reunião da Executiva nacional do DEM. Traria as assinaturas dos ‘democratas’ Demóstenes Torres e Ronaldo Caiado.

Alem de anunciar sua saída do DEM, Paulo Octavio corrigiu, em nota, a informação que tinha dito, de improviso de que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria recomendado que ele permanecesse no governo. Na realidade, traz a nota, em nenhum momento o presidente fez qualquer sugestão, recomendação ou proferiu qualquer manifestação sobre sua permanência ou não no cargo. Durante o encontro, o presidente Lula apenas manifestou sua preocupação com a questão institucional de Brasília.

Crítica

A oposição na Câmara Legislativa do Distrito Federal criticou o recuo do governador interino Paulo Octávio (DEM) em renunciar ao cargo. Para os deputados distritais do PT, a decisão do democrata deve acelerar os pedidos de impeachment que tramitam contra ele na Casa.

Segundo o deputado distrital Paulo Tadeu (PT), Paulo Octavio só deu mais instabilidade e insegurança ao Distrito Federal. Já a deputada distrital Erika Kokay (PT) afirmou que o governador não tem condições de governar. Já o presidente da Câmara, Wilson Lima (PR), evitou comentar o recuo de Paulo Octávio e negou que tenha ficado frustrado.