O Secretário de Segurança Pública e Deputado Estadual licenciado, Ernesto Roller, respondeu as acusações do senador Marconi Perillo, contra o Governo do Estado na abertura dos trabalhos em 2010 na Assembléia Legislativa.

OUÇA AS DECLARAÇÕES DE MARCONI E ROLLER

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O senador, em visita à casa legislativa, nesta quinta, afirmou que pretende estimular os parlamentares a instaurarem uma Comissão Parlamentar de Inquérito, (CPI), para apurar o suposto déficit de 100 milhões de reais mensais nas contas do Estado de Goiás que foi divulgado depois que Governador Alcides Rodrigues assumiu.

Para Ernesto Roller, a pretensão de uma CPI do déficit é criar um ambiente de disputa eleitoral dentro da Assembléia Legislativa. “Isso é desnecessário e não é viável. Criar uma CPI em um ano eleitoral tira o foco daquilo que é importante. Há uma disputa eleitoral este ano, mas nós não podemos nos esquecer que precisamos governar e produzir”, afirmou o secretário.

Roller reafirmou que a Secretaria da Fazenda está aberta para quem quiser receber informações ou explicações e não há necessidade para uma CPI, a não ser uma disputa política.

O secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, também rebateu as declarações e afirmou que Marconi deve ter se olhado no espelho para fazer tais afirmações. “Ele soltou pela boca aquilo que sempre produziu na vida”, disse.

De acordo com o secretário, o Governo do Estado de Goiás não tem tempo para falar besteiras, pois tem trabalhado de fato e não pretende alimentar agora essa discussão política. “Nós discutimos tecnicamente o que deve ser feito, como pegamos o Estado e como vamos entregá-lo. Isso a gente vai deixar bem claro para a população”, informou.

Críticas
Durante sua visita à Assembléia Legislativa, Marconi voltou a dizer que existe no Estado um déficit de lealdade, gratidão e competência. “Por outro lado há superávits de propina e perseguição”, acusou ele.

Diante da acusação, o deputado pepista Ernesto Roller afirmou que lamenta o posicionamento do senador. Ele alega que o peessedebista diz que propõe um debate propositivo, mas se contradiz ao promover o que ele chamou de ataque de forma subliminar e indireta. “Quando ele diz que isso falta em Goiás, ele deve atribuir esta falta a si mesmo, porque ele é goiano. É preciso parar com este discurso simples do ‘eu sou bom moço’ e na sacristia promover ações contra a honra alheia. O governo de Goiás não veste esta carapuça”, disse o secretário.

Marconi chegou a comparar a estratégia de propaganda nazista da repetição, que segundo ele, ocorre quando se fala em déficit. “Os nazistas usavam algumas milhares de vezes uma mentira para que ela se transformasse em verdade”, disse Marconi.

Ernesto Roller respondeu: “Parece que os nazistas deixaram muitos seguidores, porque montaram uma estrutura de propaganda forte durante as suas gestões”, referindo à estrutura partidária de Marconi.

Para o secretário, esse debate pessoal não é interessante. Segundo ele, o governo pretende comparar as realizações e está pronto para isso. “Nós não temos o direito de entrar na vida das pessoas, nos meios de comunicação, pra discutir pontos de vista sobre as pessoas, mas temos o dever de discutir projetos e ações que melhorem a vida da população”, destacou.