Os detalhes foram definidos em encontro com as presenças do vice-ministro da Educação e Ciências, Taras Finikov, o embaixador brasileiro na Ucrânia, Antônio Fernando Mello, o governador Alcides Rodrigues e o reitor da UEG, Luiz Arantes.
A partir da oficialização, cursos feitos por alunos ou professores goianos na Universidade de Kiev serão reconhecidos em Goiás, assim como os cursos feitos por alunos os professores de da Universidade de Kiev em Goiás serão reconhecidos na Ucrânia. Os acertos finais serão avaliados e devem receber o sinal verde do Conselho de Educação de Goiás, responsável pela regulamentação do ensino superior no Estado.
Outro ponto importante é que esse intercâmbio pode ser estendido. O vice-ministro ucraniano vai enviar à UEG, através da embaixada brasileira em Kiev, uma relação das universidades ucranianas com suas especialidades nas diversas áreas para que as universidades goianas possam fazer suas opções. Esta é uma iniciativa de fundo bilateral já que, neste encontro, o reitor da UEG representava também a UFG.
Mesmo não estando representada, a PUC-Goiás havia sido consultada e manifestou total interesse em participar dos acordos de ensino superior nas áreas não cobertas pelas duas outras universidades goianas. Uma dessas é a de aeronáutica, na área de ciências espaciais, que passou a ter uma dimensão de destaque a partir dos acordos firmados em novembro passado pelo presidente Lula na Ucrânia, envolvendo parcerias em torno da Base espacial de Alcântara, no Maranhão, e transferência de tecnologia ucraniana para a criação do VLS – Veículo Lançador de Satélites brasileiro.
Área Espacial
Com o atraso no programa espacial brasileiro a partir do acidente na Base de Alcântara, o País tem buscado ganhar tempo com a troca de tecnologias. Isso foi um dos principais pontos do acordo entre Lula e seu colega Viktor Yushenko. A partir daí o Brasil vai dominar a tecnologia de combustíveis líquidos (hidrogênio líquido) pela antiga e arriscada tecnologia de combustível sólido que empregava.
Os acordos fechados hoje em Kiev ganham nova dimensão com a oportunidade de formar técnicos em Tecnologia das Informação, nas diversas áreas da Engenharia, na Física e nas Ciências Espaciais, importantes para o sucesso do programa espacial brasileiro.
Amplitude
Para o reitor da Universidade estadual de Goiás, professor Luiz Arantes, este passo vai significar grande avanço na qualidade do ensino em Goiás. “A Ucrânia tem sua raiz de surgimento há mais de 1500 anos. Poder partilhar de séculos de conhecimento, que não perdeu a modernidade, vai ser um salto para o ensino superior em Goiás, que vai passar a ter uma nova amplitude”, encerra.
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