As executivas do PT e do PMDB discutiram no início da noite desta segunda-feira (28) a data e forma de definição da chapa majoritária que vai disputar a eleição estadual de 2014. Por conta de pedidos de membros do Partido dos Trabalhadores, foi cogitado pelo PMDB a antecipação da escolha e um processo de “consenso progressivo”, em substituição às prévias na legenda.

Os líderes petistas colocam na balança o fato de que os prefeitos Paulo Garcia, de Goiânia, e Antônio Gomide, de Anápolis, precisam se desincompatibilizar dos cargos até do dia 05 de abril, caso decidam ser candidatos. A intenção é que o grupo escolha os nomes antes deste prazo, como explica o presidente regional do PT, Valdi Camárcio. “Os nomes do PT para a chapa são os prefeitos. Por isso a possibilidade de antecipar nos facilita a definição. A discussão é mais político do que só a data. Nós vamos fazer reunião no fim de ano para tentar definir a chapa até o final de março,” diz.

Sobre esta questão do prazo para a definição da chapa e, consequentemente do candidato a governador, o presidente do PMDB, Samuel Belchior cogita a antecipação, mas explica que a decisão será feita em reuniões de todo o partido. “Eu acho que é possível ter um aceno, dependendo das conversas talvez até uma definição. O que nós do PMDB temos que fazer é nos reunir. Existe uma tendência do PMDB indicar a cabeça da chapa,” afirma.

A forma de escolha do nome do candidato também foi discutida e o PT apresentou um processo diferente das prévias, cogitadas pela maioria da executiva do PMDB. Valdi Camárcio apresentou o conceito de “consenso progressivo”. “O consenso progressivo é uma técnica utilizada até para a escolha do papa. Nós achamos que sempre o que une é preferido do que o que diverge,” prega.

Diferente da prévia, em que uma votação interna define o candidato, o “consenso progressivo” seria uma série de votações em que, gradativamente, os nomes menos votados seriam excluídos de uma lista e, ao final do processo, um nome seria tido como “consensual”.

Samuel Belchior afirmou nunca ter ouvido o termo, mas gostou da ideia. “Esta é a primeira vez que eu estou ouvindo essa palavra. Eu acho que é uma ideia interessante, mas tem que ser avaliado. Eu sou apenas o presidente, mas o partido é muito grande e tem muitas lideranças. Temos que ter calma para decidir em conjunto com todos,” aponta.

O próximo capítulo das conversas sobre definições da oposição em Goiás para 2014 será no dia 11 de novembro, quando a executiva do PMDB vai se reunir e discutir sobre as ideias e pedidos apresentados pelo PT.