Após denúncia apresentada pelo vereador Djalma Araújo (Solidariedade), o Ministério Público Estadual (MP-GO) pediu a suspensão de contratos para sanitização e dedetização da Câmara Municipal de Goiânia, devido indícios de superfaturamento e possíveis desvios de recurso público.
A Câmara firmou contrato com as empresas Ecofort Soluções Ambientais, no valor de R$ 134 mil, e com a W&E Serviços Técnicos no valor de R$ 159 mil, para serviços de dedetização e pulverização de pulgas de pombos respectivamente.
Segundo um levantamento feito pelo promotor que recebeu a denuncia, Fernando Krebs, o valor médio para os serviços seria R$ 0,50 o metro quadrado para dedetização, mas o valor acertado na Câmara seria em média de R$ 7,00.
O presidente da Câmara, Clécio Alves (PMDB), afirmou que aguarda a ação do Ministério Público, mas que já suspendeu os contratos e pode inclusive os cancelar, caso a diferença de preço seja constatada. “Nas gestões anteriores não se tinha licitação, era feito com a dispensa de licitação. Na nossa gestão foi feita como a lei determinada, e foi entregue na mão do promotor do Ministério Público, Fernando Krebs, por mim mesmo. Há quatro aplicações dessa desratização, só foi feita uma, faltam três. Nós determinamos a suspensão,” argumenta.
Já o vereador Djalma Araújo, autor da denúncia, acredita que existem indícios de desvio de dinheiro público, e que isto vai continuar sob investigação. “São R$ 300 mil para matar baratas e outros insetos. Está superfaturado em quase 2000% favorecendo uma empresa. Há indícios fortes de desvio de dinheiro público. Se ele vai suspender é problema dele, agora a ação civil pública vai transcorrer normalmente,” garante.