A defesa do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), avalia entregar, nos próximos dias, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), uma petição formalizando o compromisso do ex-democrata em não voltar ao comando do Executivo local. A medida é considerada uma espécie de “renúncia branca”.
O objetivo da proposta é sensibilizar os ministros e conseguir retomar a liberdade do governador afastado que está preso desde o dia 11 na Superintendência da Polícia Federal. No mesmo dia em que o STJ determinou a prisão e consequentemente seu afastamento do cargo, Arruda enviou à Câmara Legislativa uma carta se licenciando do cargo. Caso ele seja libertado a carta seria mantida.
Na avaliação dos advogados, o compromisso de ficar afastado do governo derruba o argumento da Justiça de que Arruda atrapalha as investigações do esquema de arrecadação e pagamento de propina, utilizado para justificar a prisão.
E em meio às negociações para livrar Arruda da prisão, a Câmara Legislativa começa a definir hoje o futuro político do governador afastado. A comissão especial da Casa se reúne para votar o relatório do deputado Chico Leite (PT) sobre os quatro pedidos de impeachment contra Arruda.
O petista já antecipou que vai apresentar parecer favorável ao impeachment do governador afastado porque desde que surgiram as denúncias do esquema de arrecadação e pagamento de propina não surgiram fatos novos capazes de isentá-lo de participação no esquema de corrupção.