A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realizou uma reunião na tarde da última terça-feira com uma Comissão de Clubes, composta por alguns presidentes de equipes da Série A. Em pauta, a temporada 2015, que tem sido ferramenta de discussão intensa entre a entidade máxima do futebol brasileiro e os jogadores do Bom Senso F.C. Algumas novidades foram apresentadas, entre elas, um limite para jogos de cada clube durante um mês.

Os jogadores de determinado clube só poderão jogar, no máximo, sete vezes durante o prazo de 30 dias, exceto aqueles que estiverem com seus clubes nas fases quartas de final, semifinal e final da Copa do Brasil ou da Taça Libertadores. A medida não altera tanto os clubes da Série A, que jogam, no máximo, oito ou nove partidas durante um mês. Entretanto, o que muda e pode fazer a diferença é o prazo para a pré-temporada, que será de 30 dias obrigatórios.

Dessa forma, o mês de Janeiro, a partir de 2015, não terá mais competições profissionais da CBF, ao contrário do que tem acontecido nos últimos anos. Além disso, ficou determinado que os Estaduais terão 19 datas, no máximo, algo que já acontecerá em 2014 devido à Copa do Mundo. Sobre a questão de salários e número de jogos, a CBF empurrou a discussão dos jogadores diretamente para o clube que eles defendem.

Participaram da Comissão de Clubes formada para a reunião o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, o presidente do Vitória, Alexi Portela, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, o presidente do Corinthians, Mário Gobbi e também o presidente do Goiás, João Bosco Luz. Além do assunto calendário, foi discutido a questão do Fair Play Financeiro, para solucionar o passivo fiscal dos clubes, o que não significa “perdoar” as dívidas.

Críticas do Bom Senso F.C

A reunião do presidente José Maria Marin com a Comissão de Clubes na CBF não caiu bem e o Bom Senso F.C promete uma resposta rápida. O órgão formado pelos atletas não viu com bons olhos a realização da reunião sem a presença dos jogadores e também não aprovou o que ficou decidido pela CBF. Segundo o advogado do Bom Senso, João Chiminazzo, os jogadores cogitam uma greve para o início de 2014 se nenhuma alteração maior for realizada.