Como hoje não existe oposição no Goiás, e é difícil entender porque não, podemos considerar que o médico Sérgio Rassi será aclamado na próxima semana como presidente do clube para as duas próxima temporadas. 

Chega ao fim o ciclo vitorioso de João Bosco Luz que conquistou tudo o que estava ao alcance e que quase colocou a equipe na Copa Libertadores da América. Mas para alcançar esse faltou pulso na reta final.

Enderson deveria treinar o time na semana decisiva e não estar de licença por conta de interesses particulares. Parte dos jogadores pareciam estar em colônia de férias e desfrutando das delícias da Vila Mix nos dias que antecederam a “final” contra o Santos.

Faltou vigiar e cobrar um grupo que deitou e rolou de tanto ganhar dinheiro com premiação, para na hora da verdade pipocar.

Mesmo assim João Bosco deixa a presidência com saldo bem positivo e vai continuar ajudando juridicamente o Goiás Esporte Clube.

Cadeira vazia e a diretoria esmeraldina não perdeu tempo.

Haile Pinheiro abençoou Sérgio Rassi como sucessor e assim será.

Logo na sua primeira entrevista a imprensa, o ex-vice e futuro presidente deu uma aula de franqueza.

Falou abertamente de situações que a maioria dos dirigentes acabam procurando se esquivar e em muitas vezes tendo uma postura mentirosa. Falou abertamente coisas que interessam aos torcedores, os verdadeiros donos do clube.

No seu desflie de sinceridade deixou claro que Walter não joga no Goiás por conta do alto salário pedido (250 mil) e que em sua gestão não vai aceitar jogador dando declarações que tem sonho e interesse de defender outros clubes.

Enderson fica. Essa é a vontade do futuro mandatário. E ele vai dar uma bola dentro se acertar a renovação com o técnico que foi um dos grandes responsáveis pelo sucesso das última temporadas.

Outro acerto é trazer Paulo Lopes para sua chapa. Ele será vice ao lado de Adriano Oliveira que segue nesta condição.

Vai investir na base e quer o aproveitamento dos garotos no time de cima.Tomara que consiga fazer o que João Bosco não conseguiu.

Não prometeu título nacional, mesmo afirmando que isso faz parte dos seus sonhos… Foi honesto e não demagogo.

E que sua administração seja assim. Transparente, honesta e franca como sua primeira entrevista.

Apesar de achar difícil que a franqueza permaneça. Pelo que conheço do Goiás e do Futebol, ele já teve a “atenção” chamada, no bom sentido, se é que me entendem.

Alguém já deve ter dito que ele não precisa ser tão franco, que isso pode atrapalhar sua gestão e os negócios.